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Bispos pedem políticas que defendam o emprego

Os bispos católicos portugueses desafiam os governantes a promoverem políticas que defendam o emprego, de forma a garantir uma sociedade onde a dignidade seja um princípio prioritário.

O trabalho e o emprego são a «base indispensável de sobrevivência e dignificação humana, a sua garantia é urgente, mesmo exigindo mais criatividade e solidariedade prática para chegar a todos», refere a nota pastoral divulgada anteontem após a reunião, em Fátima, do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). «Legisladores e governantes, empresários e gestores, famílias e cidadãos, todos devemos ter em primeiríssima conta a dignidade das pessoas», defende-se ainda no mesmo documento, intitulado de “Crise, Discernimento e Compromisso”. Os bispos lembram que «o Estado é o primeiro órgão dinamizador do bem comum, mas é a sociedade no seu todo que o deve vivificar constantemente», acrescentando que, «neste momento, os sacrifícios que nos são pedidos e as exigências que nos são apresentadas são de todos para todos, sem dispensar ninguém».

O porta-voz da CEP, na conferência de imprensa após a reunião, aproveitou para destacar o trabalho das instituições sociais num período de crise e austeridade e pediu ajuda ao Governo perante as dificuldades sentidas por algumas destas entidades. «Muitas das instituições da igreja que estão neste setor da solidariedade social sentem a dificuldade de terem portas abertas para servir as urgências que batem à porta. Por isso esperamos a colaboração do Governo», disse aos jornalistas o padre Manuel Morujão. Na nota pastoral sublinha-se ainda que, com a aproximação do Natal, é essencial que «se converta tudo o que é idolatria do lucro, ostentação e despesismo, em estilos de vida sóbria, em que a partilha seja regra de vida e não uma exceção reservada a generosos».

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