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Bispo da Guarda alerta para as consequências da crise na região

Prelado lembra génese cristã do Natal e o simbolismo do nascimento de Jesus em Belém

O Bispo da Guarda mostra-se preocupado com a pobreza gerada pela actual crise. Na mensagem de Natal deste ano, D. Manuel Felício destaca o desemprego, o emprego precário, o analfabetismo e a solidão como quatro grandes chagas da sociedade, «apenas alguns dos sintomas da realidade social dos nossos meios que estão a pedir medidas eficazes para corrigir o processo de empobrecimento progressivo das nossas gentes». O prelado refere ainda as «condições de inviabilidade que afectam muitas das nossas empresas e desincentivam a criação de outras». Quanto à falta de literacia das populações é vista como causa e efeito da ausência «de uma educação bem conduzida». Por fim, D. Manuel Felício volta o seu olhar para os idosos, cada vez em maior número e cada vez mais sozinhos, devido ao êxodo dos seus familiares mais novos. «Uma solidão que cresce também e se prolonga na vida de outras pessoas que se isolam e cortam as relações mais elementares com a família, os amigos e as suas tradições de origem, quase sempre porque lhes são fechadas todas as portas normais de acesso à integração social», concretiza. Nas suas palavras, o pastor dos católicos da diocese da Guarda lembra ainda que «o Natal é a Festa que celebra o nascimento de Jesus Cristo». Uma ocasião celebrada, na altura, por gente simples e por sábios, que «simbolizam também o poder instituído que procura os melhores caminhos para dar rumo certo às populações que lhes estão confiadas».

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