Se tudo correr como o previsto, a Mêda terá uma nova biblioteca já no próximo ano. As obras estão quase prontas, só falta o equipamento e alguns pormenores urbanísticos. No entanto, ainda não há uma data prevista para a sua inauguração.
«O edifício em si está praticamente concluído, só faltam alguns arranjos urbanísticos, depois será escolhido o mobiliário e serão transferidos os livros da antiga biblioteca Calouste Gulbenkian para a nova», adianta João Mourato, presidente da Câmara da Mêda. A construção deste novo equipamento cultural resulta de um contrato-programa, assinado há dois anos, entre o município e o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), na presença do então secretário de Estado Adjunto do Ministro da Cultura, José Amaral Lopes. O investimento anda perto do milhão de euros, apoiado em 50 por cento pelo Governo. Para além dos cerca de 20 mil livros existentes na antiga biblioteca, «há também o acervo de milhares de obras oferecidas por alguns beneméritos que quiseram doar os seus espólios à autarquia», realça com satisfação o edil, dando como exemplo o generoso donativo de Augusto César de Carvalho, antigo presidente da Câmara e ex-Governador Civil da Guarda, que quer presentar o município com cerca de 15 mil livros. «É uma oferta muito importante para a nossa biblioteca», garante.
O edifício situa-se no Bairro do Barrocal em frente à Casa Municipal da Cultura, «onde vai nascer um importante complexo cultural», sustenta João Mourato. A nova Biblioteca Municipal tem uma área total de 2.416 metros quadrados, mais um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 45 veículos. Haverá também um espaço destinado aos serviços públicos, incluindo secção de adultos e infantil, área polivalente, sanitários, área técnica, serviços internos, depósito de documentos, áreas de de trabalho (técnico e administrativo), equipamento informático, entre outros. Assim que esteja a funcionar, a infraestrutura irá dar emprego a cerca de meia dúzia de pessoas e disponibilizar um conjunto de serviços, ao contrário do que acontece até agora na Biblioteca Gulbenkian. De resto, o novo equipamento integra a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas Municipais (RNBP), que se baseia na criação de parcerias — entre o IPLB e os municípios — para a instalação e modernização das bibliotecas públicas enquanto equipamentos considerados como infraestruturas de natureza sócio-cultural. Sendo propriedade dos municípios, cada biblioteca integra secções diferenciadas para adultos e crianças e também espaços polivalentes para actividades de animação, colóquios, exposições, entre outros. Para além de colecções de livros e de periódicos, as bibliotecas reúnem documentos áudio, vídeo e multimédia, de modo a acompanhar as correntes actuais da literatura, da ciência, das artes, entre outras áreas.
