Foi vendido por 280 mil euros, a um empresário da Arruda dos Vinhos, todo o património móvel da Adega Cooperativa da Covilhã. O leilão decorreu no passado dia 3 e só à terceira licitação surgiram propostas.
Inicialmente, o objetivo era vender juntamente os bens móveis e imóveis, cuja base de licitação estava fixada em mais de 1,6 milhões de euros, mas não apareceram interessados. Partiu-se então para uma segunda alternativa, reduzir o montante para pouco mais de 1,4 milhões de euros. Também não houve interessados, pelo que a solução encontrada foi vender o património em separado. Vendidos os bens móveis, o património imóvel (edifício e terrenos onde está implantada a adega) deverá ser licitado através de propostas em carta fechada. O valor base, fixado pela comissão de credores e pelo administrador da insolvência, está em 1,4 milhões de euros.
A área total dos terrenos é de 12.870 metros quadrados, dos quais 5.825 são de área coberta e 7.044 de área descoberta. O empresário que adquiriu o património móvel não se dedica à produção vinícola, mas sim à compra e venda de bens de falências e de leilões. Vítor Além pretende agora vender as peças adquiridas a adegas ou empresário ligados ao setor. Recorde-se que, em setembro de 2016, a direção da Adega, a pedido da CGD, um dos principais credores, pretendia avançar para um Plano de Especial de Revitalização (PER), que acabou por não ser aceite. Face ao elevado valor da dívida, 3,1 milhões de euros, a solução encontrada foi a insolvência.
A última vez que a adega da Covilhã recepcionou uvas foi em 2014. A cooperativa foi fundada em 1954, tendo efectuado a sua primeira vindima três anos depois. Em 2000 recebeu o prémio de adega cooperativa do ano.