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Beiras e Serra da Estrela cai no Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

Comunidade Intermunicipal está na décima posição e continua a ser a NUT III do interior melhor classificada, à frente das sub-regiões da Beira Baixa, Terras de Trás-os-Montes e Viseu Dão Lafões

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) caiu dois lugares, para a décima posição, no Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) de 2015. No ano anterior tinha subido ao oitavo lugar, mas apesar desta descida continua a ser a NUT III do interior melhor classificada.

Este indicador é publicado anualmente pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) desde 2011 e mede a evolução das 25 sub-regiões portuguesas (regiões autónomas incluídas) em termos de competitividade, coesão e qualidade ambiental. A radiografia final confirma que as regiões mais competitivas estão na orla litoral e as menos desenvolvidas ficam no interior, que, em contrapartida, lideram no índice ambiental. De resto, apenas cinco destas 25 regiões ultrapassaram a média nacional do ISDR (100) e a do continente 100,42. Trata-se das áreas metropolitanas de Lisboa (106,40) e Porto (101,63), o Alto Minho (101,01), a Região de Aveiro (100,73) e a Região de Leiria (100,27). O ISDR mede a evolução das sub-regiões em termos de competitividade, coesão e qualidade ambiental é o retrato de um país a duas velocidades, com mais desenvolvimento no litoral que no interior.

Longe destes indicadores, a CIMBSE era a décima classificada com uma pontuação de 97,58 (foi oitava em 2014 com 97,89), ficando à frente da região da Beira Baixa (12ª, com 96,42), da comunidade Terras de Trás-os-Montes (19ª, com 95,18) e de Viseu Dão Lafões (20º, com 93,41). Por índices, a CIMBSE ocupava a 20ª posição na competitividade (pontuação de 87,35), tendo recuado dois lugares relativamente a 2014, mas manteve as classificações na coesão (12º lugar, com 97,20) e na qualidade ambiental (3º, com 109,18). Segundo o INE, o ISDR baseia-se num modelo concetual que estrutura o desenvolvimento regional nas componentes da competitividade, coesão e qualidade ambiental. O critério da qualidade ambiental reflete «as pressões exercidas pelas atividades económicas e pelas práticas sociais sobre o meio ambiente e as consequentes respostas económicas e sociais em termos de comportamentos individuais e de implementação de políticas públicas».

Já o indicador da competitividade pretende «captar o potencial (recursos humanos e infraestruturas físicas) de cada sub-região, assim como o grau de eficiência na trajetória seguida (educativa, profissional, empresarial e produtiva) e ainda a sua eficácia na criação de riqueza e na capacidade demonstrada pelas empresas para competir no contexto internacional». Por último, o índice da coesão procura refletir «o grau de acesso da população a equipamentos e serviços coletivos básicos de qualidade, bem como os perfis conducentes a uma maior inclusão social e eficácia nas política públicas traduzida no aumento da qualidade de vida e na redução da disparidades territoriais».

Luis Martins CIMBSE consegue a melhor classificação no índice da qualidade ambiental e a pior na competitividade

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