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BE critica lançamento das obras do hospital da Guarda

Bloquistas lamentam que Sócrates tenha lançado obra que «sabia estar sujeita a decisão judicial pendente»

O Bloco de Esquerda (BE) da Guarda considera que o lançamento da primeira pedra das obras de remodelação e ampliação do Hospital Sousa Martins, no final de Maio, não passou de um «simples exercício de propaganda política» por parte do PS.

«Para espanto geral, só agora ficámos a saber que a providência cautelar interposta pela construtora Casais deu entrada três dias antes da celebração do contrato com a Hagen/Edifer, facto que não podia ser do desconhecimento da ministra da Saúde e do primeiro-ministro aquando da deslocação à Guarda», referem os bloquistas em comunicado. O partido fala em «cerimónias de circunstância», lembra que a visita de José Sócrates aconteceu a poucos dias das eleições europeias e entende, por isso, que o que se viu foi o primeiro-ministro a «brincar com coisas sérias, como é o caso da saúde dos guardenses».

Para o BE, os socialistas tentaram esconder a providência cautelar da população, pelo que «é imperativo reflectir no sentido de responsabilidade de quem aceitou lançar uma primeira pedra (em período de campanha eleitoral…) de uma obra que sabia, à data, estar sujeita a decisão judicial pendente», lê-se no comunicado. Os bloquistas consideram ainda «lamentável» a «afixação de um cartaz pago pelo erário público numa das paredes do hospital» a anunciar as obras.

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