A experiência da viagem, do território e da paisagem do início do séc. XXI inspiraram Baltazar Torres para criar a instalação “Veias de Alcatrão”, que o artista plástico inaugura sábado no TMG.
Trata-se de um trabalho inédito pensado para o espaço da galeria de arte guardense, onde poderá ser visto até 17 de março. Baltazar Torres é natural de Figueira de Castelo Rodrigo (1961), mas vive e trabalha no Porto. Toda a sua obra é um alerta para a concentração populacional nas grandes cidades, em consequência da economia globalizada e centralizada. Há referências constantes aos blocos de apartamentos, às auto-estradas e aos automóveis, que, para o artista, são sinónimos de «uma vivência artificial, despersonalizada e alienadora». Tanto assim que nestes cenários urbanos o homem é sempre representado em tamanho desproporcionalmente reduzido. Os seus quadros, desenhos, esculturas e instalações, que incluem também uma componente auto-referencial, acabam por despertar as consciências do espetador para estas mudanças e suas consequências.
Baltazar Torres é atualmente um dos mais conceituados artistas contemporâneos de Portugal. A sua primeira exposição data de 1988, apresentando-se com regularidade na Galeria Mario Mauroner, em Viena e Salzburgo (Áustria), e também na Galeria Mário Sequeira, em Braga. Está representado nas mais importantes coleções nacionais e internacionais, caso da Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação PLMJ, Fundação Ilídio Pinho, Fundación Coca-Cola, IvAM, Fundació Pilar I Joan Miró, Museo de Bellas Artes de Santander, Fondation Claudine et Jean Marc Salomon, Fundación Ars tEoR/etica, oberösterreichisches Landesmu-seum, Collection Nesrin Esirtgen, Es Baluard, entre outras. “Veias de Alcatrão” é inaugurada pelas 18 horas, numa sessão que contará com a presença do artista. A mostra tem entrada livre e pode ser visitada de terça a sexta (das 16 às 19 horas e das 21 às 23 horas), aos sábados (15-19 horas e 21-23 horas) e aos domingos (15-19 horas).
