A galeria de arte do TMG tem patente até 17 de março a exposição “Veias de Alcatrão”, de Baltazar Torres, um dos mais conceituados artistas contemporâneos portugueses. Nesta mostra destacam-se duas instalações inéditas, pensadas para o espaço guardense, e que se inspiram na concentração populacional nas grandes cidades, em consequência da economia globalizada e centralizada.
Além destas obras, é ainda possível admirar quadros, desenhos e esculturas, que pretendem despertar as consciências do espetador para estas mudanças e suas consequências. A mostra foi inaugurada no sábado numa sessão que contou com a presença do artista natural de Figueira de Castelo Rodrigo, cujo trabalho tem por objetivo «esboçar a cartografia da ação humana». «As minhas obras baseiam-se na intervenção e ação do homem, mais ou menos negativa, no espaço que habita, bem como na experiência da viagem, da deslocação enquanto essência de tudo», disse Baltazar Torres. O nome da exposição – o mesmo de uma das instalações – deriva dos «quilómetros e quilómetros de alcatrão que rasgam o planeta» e que são consequência direta do «desejo de expansão e conquista do Homem», acrescentou o artista.
Américo Rodrigues, diretor do TMG, disse-se satisfeito pela oportunidade de exibir na Guarda o trabalho de um artista de «dimensão nacional e internacional crescente», com um «percurso singular e um trabalho original». Sublinhou também o facto desta exposição assinalar «o desaparecimento da Culturguarda enquanto entidade organizadora da galeria de arte», recordando que, «em quase oito anos de atividade», passaram pelo espaço «nomes sonantes e reconhecidos das artes plásticas nacionais, mas também artistas da região que ajudámos a revelar». A mostra tem entrada livre e pode ser visitada de terça a sexta (das 16 às 19 horas e das 21 às 23 horas), aos sábados (15-19 horas e 21-23 horas) e aos domingos (15-19 horas).
Fábio Gomes 
