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Balanças antigas retratam vivências da Beira Interior em Maio

Alunos do 8º ano da Escola Secundária Afonso de Albuquerque estão a recolher peças junto do comércio e serviços

Mais de 20 antigos modelos diferentes de balanças, entre os quais vários do século XIX, e 30 relógios, incluindo um de parede com mais de um século, vão estar numa exposição intitulada “A balança e o relógio da Beira Interior – Importância da História da Física”. A iniciativa, organizada pela Escola Secundária Afonso de Albuquerque, pretende retratar também um pouco da história da região, com peças que estão a ser recolhidas junto da comunidade por alunos do 8º ano.

São vários os tipos de balança que vão integrar esta exposição, agendada para a primeira quinzena de Maio na Biblioteca Eduardo Lourenço, na Guarda, desde as de um e dois braços às de alta precisão, passando pelas analíticas e ainda as comerciais, industriais e digitais. Para a coordenadora da mostra, Alina Louro, professora da disciplina de Física, o importante é «proporcionar uma exposição com representatividade das peças da Beira Interior». Nesse sentido, os alunos, de duas turmas diferentes, bem como os próprios pais, estão a tentar encontrar exemplares junto de familiares, amigos, conhecidos e ainda de serviços e estabelecimentos comerciais da região. Até agora «o resultado tem sido muito positivo», realça Alina Louro, que adianta haver já balanças de pesagem da lã, peixe e fruta, algumas oriundas da Covilhã e do século XIX, de alta precisão de ourivesarias, dos CTT, do início do século XX, ou de algumas das farmácias mais antigas da Guarda.

O método é simples: de um lado, os alunos estão a pedir e a recolher peças junto de particulares e do outro a escola está a estabelecer contactos com outros estabelecimentos de ensino da região, nomeadamente da Covilhã e Castelo Branco. A escola espera ainda receber mais objectos, sendo que, para já, destacam-se uma balança decimal que vem da Quinta da Maúnça e ainda uma romana de pesagem da lã oriunda da aldeia dos Trinta, que consiste numa peça de família. Quanto aos relógios, há, para além do de parede com 120 anos, vários de pulso e de bolso, incluindo um que pertenceu a um comandante da marinha de guerra francesa da II Guerra Mundial. A iniciativa, apoiada pela Câmara da Guarda, foi pensada no âmbito de uma actividade de sala de aula, tendo ganho esta dimensão depois de um dos alunos ter decidido contactar via e-mail o Museu da Física, em Coimbra, pedindo a cedência de uma balança. A peça não foi emprestada, mas os responsáveis do museu pensaram que a escola estava a pedir exemplares típicos da Beira Interior e felicitaram Alina Louro pela iniciativa, que decidiu depois avançar com a ideia. A exposição abre dia 1 de Maio.

A escola continua à procura de diferentes modelos de balanças na região

Balanças antigas retratam vivências da Beira
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