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Bactéria resistente no Hospital da Covilhã

Mais de duas semanas depois de diagnosticada a infecção da Medicina Homens, Miguel Castelo Branco garante que os indicadores «estão controlados»

O Hospital Pêro da Covilhã está a ultimar os trabalhos de desinfecção de algumas enfermarias que receberam doentes infectados com micróbios trazidos de outras unidades hospitalares de fora da região. Trata-se de bactérias «vulgares neste tipo de infecções adquiridas nos hospitais», explica Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), garantindo que a situação foi controlada «há uns dias».

O caso foi diagnosticado há mais de duas semanas, designadamente no serviço de Medicina Homens, uma vez que o índice «era maior nos homens do que nas mulheres», revela uma fonte daquela secção que pediu o anonimato. Dias depois de determinada a situação, os doentes daquela unidade foram então evacuados para a Medicina Mulheres, enquanto a desinfecção esteve a ser realizada nas enfermarias. Segundo a mesma fonte, trata-se de uma bactéria «muito resistente» que põe em causa «não apenas os doentes, como nós próprios estamos sujeitos a apanhá-la». E vai mais longe referindo que esta infecção pode dever-se a muitos factores, nomeadamente aos «maus isolamentos»: «Da suspeita à confirmação da doença não há isolamento por parte dos médicos, este apenas é feito quando se chega à confirmação», revela.

No entanto, Miguel Castelo Branco acredita que esta situação tenha sido apenas fruto da entrada de doentes infectados vindos de outros hospitais. O responsável destaca que quando a infecção foi diagnosticada foi «imediatamente» accionada a Comissão de Controlo de Infecção Hospitalar que colocou em prática medidas locais de desinfecção das enfermarias afectadas, além de solicitar ao pessoal «uma melhor atenção no que respeita a medidas de prevenção pessoais». O presidente do Conselho de Administração do CHCB refere ainda terem sido criados espaços de isolamento nas enfermarias onde foi detectada a bactéria, «para doentes e profissionais» de saúde. Depois foram implantadas, «quarto a quarto», medidas de desinfecção «profundas» para que «tudo ficasse controlado sem afectar nem infeccionar ninguém», sublinha, adiantando que também foram tomadas medidas «para o pessoal ter mais cuidado». “O Interior” sabe que o produto aplicado no serviço de Medicina Homens, para combater os microrganismos, teve que vir do exterior, uma vez que, como referiu aquela fonte, «não estavam a conseguir exterminar a bactéria». No entanto, mais de duas semanas depois, Miguel Castelo Branco garante que agora os indicadores «estão controlados».

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