Um avião que participava nas Jornadas Aeronáuticas da Covilhã caiu, no sábado à tarde, sobre vegetação cerrada em terrenos agrícolas junto ao aeródromo da cidade, quando se preparava para aterrar. Do acidente resultaram dois feridos ligeiros, o piloto e uma jornalista que fazia o seu baptismo de voo.
O avião era um Chipmunk, uma aeronave mítica da aviação portuguesa, e pertencia a um clube suíço que participava no festival, tendo ficado totalmente destruído. «A última imagem que tive foram árvores à minha frente», adianta Cátia Gaudêncio, recordando os últimos momentos antes do embate do aparelho no solo. «Foi tudo muito de repente, mas o avião ainda foi um bocado a pique e o que valeu foi a experiência do piloto, que conseguiu endireitar o aparelho, cuja queda foi amortecida por árvores e vegetação», acrescenta a jornalista da Localvisão – Castelo Branco.
Depois de ter estado no ar cerca de 30 minutos, a aeronave preparava-se para aterrar, mas terá perdido potência e acabou por se despenhar junto ao parque de merendas da Boidobra. Apesar do aparato do acidente, os tripulantes acabaram por sair pelo seu próprio pé do avião, registando apenas algumas escoriações. Ambos foram transportados pelos bombeiros para o Hospital Pêro da Covilhã, onde foram observados e tratados. Cátia Gaudêncio não tem dúvidas: «Se não fosse a experiência do piloto, não estaríamos os dois vivos». Ainda assim, depois do susto, a jovem jornalista afiança que não pensa voltar a andar de avião «tão cedo». No local do acidente estiveram os meios dos Bombeiros Voluntários da Covilhã que se encontravam de prevenção no aeródromo, um auto-tanque com 500 litros de espumífero de combate a fogo, uma ambulância medicalizada e um veículo especial de emergência. As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).