A requalificação do parque municipal da Guarda continua a dar que falar, mas desta vez no seio da classe.
Nuno Martins, que projetou a reabilitação do espaço na década de 90 do século passado, apresentou queixa na Ordem dos Arquitetos contra José António Barbosa, autor do projeto que está em curso e deverá ser inaugurado no Dia da Cidade, a 27 de novembro. O arquiteto da Guarda, atualmente radicado em Coimbra, alegava que o colega tinha violado a lei da propriedade intelectual e o código deontológico da Ordem, tendo «destruído por completo a obra do parque municipal, uma obra de autor (minha e de três colegas) e premiada ao mais alto nível». A Ordem abriu um inquérito para apurar os factos denunciados e o procedimento deu agora lugar a um processo disciplinar contra José António Barbosa. O INTERIOR tentou contactar os dois envolvidos mas sem sucesso até ao fecho desta edição.
Entretanto, o grupo de cidadãos que moveu uma ação popular para travar a requalificação do parque e as demais obras de regeneração urbana do chamado Eixo Central da Guarda foi notificado para pagar cerca de 3.000 euros de custas judiciais, uma vez que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco (TAFCB) indeferiu a ação. A requalificação do parque municipal da Guarda foi adjudicada a 19 de agosto de 2016 à empresa João Tomé Saraiva por cerca de 274.421 euros mais IVA.