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Aumentos «brutais» na factura da água mobilizam 3.400 covilhanenses

Abaixo-assinado foi entregue à Assembleia Municipal e reclama alteração do actual tarifário

Um total de 3.400 pessoas subscreveu um abaixo-assinado entregue na semana passada à Assembleia Municipal da Covilhã a exigir a redução do preço da água e das taxas cobradas pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) da cidade. No documento, os subscritores classificam como «brutais» os aumentos aplicados às facturas dos SMAS desde o último mês de Novembro.

Segundo referem, «não existe justificação» para «a quase duplicação dos valores das facturas, já que a qualidade do serviço nem sempre é a melhor» na Covilhã, que tem mais de 54.000 habitantes. Na última revisão de valores, a tarifa fixa de saneamento, que custava 50 cêntimos, passou a ser indexada ao consumo de água – 27 cêntimos por metro cúbico de água consumido. Outra alteração prendeu-se com a taxa de aluguer de contador, que passou a custar mais 51 cêntimos, fixando-se em três euros. No que diz respeito aos diferentes escalões de consumo de água, os preços variam entre 30 cêntimos por metro cúbico, no escalão mais baixo (até três metros cúbicos de consumo), e 2,5 euros, no escalão mais alto (para consumos superiores a 20 metros cúbicos). «Para medir o grau de insatisfação, basta ter em atenção o apoio que recolhemos em tão pouco tempo», refere Mariana Morais, porta-voz do movimento que promoveu o abaixo- assinado.

«Na freguesia de Cantar Galo, por exemplo, só uma pessoa conseguiu rapidamente angariar 250 assinaturas», contou, considerando que as pessoas estão «realmente» preocupadas com os aumentos e que os comerciantes «confidenciam mesmo que é muito difícil pagar as contas actuais». Mariana Morais apela aos SMAS e à Câmara da Covilhã para que «sejam sensíveis aos prejuízos» da população e alterem o actual tarifário. O movimento vai aguardar pela resposta da autarquia e só depois debaterá quais as medidas a tomar.

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