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Aulas na Afonso de Albuquerque em pré-fabricados até final de 2010

Solução encontrada pela escola e pela Parque Escolar para o período de obras de remodelação

Cerca de metade dos alunos da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, vai ter aulas em contentores a partir do próximo ano lectivo e até que as obras de remodelação do estabelecimento de ensino estejam concluídas, em finais de 2010. Esta foi a solução encontrada para assegurar a continuidade das aulas durante a intervenção ao abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar, que deverá arrancar ainda este mês. A hipótese de alugar instalações próximas da escola acabou por ser abandonada.

Na primeira fase da requalificação, as obras vão incidir em todo o edificado, à excepção do bloco que se estende ao longo da rua Comendador Salvador do Nascimento. Todas as valências da escola vão ficar concentradas naquele bloco até ao final do próximo ano lectivo, altura em que está previsto terminar a primeira fase da intervenção. Apenas 18 salas de aulas vão ficar disponíveis neste período.

«As salas com que vamos ficar eram insuficientes para assegurar todas as aulas», explicou na última segunda-feira, em conferência de imprensa, o presidente do conselho executivo da escola, António Soares. Assim, o conselho executivo e a Parque Escolar EPE decidiram instalar 20 contentores no recinto da escola, a localizar junto à entrada principal e nas proximidades do bar. Terão 50 metros quadrados cada e estarão equipados com ar condicionado. Na segunda fase das obras, que contempla então a remodelação daquele bloco e deverá começar ainda no primeiro semestre do próximo ano, a falta de salas vai manter-se, sendo que vão continuar a ser leccionadas aulas nos pré-fabricados. Quanto ao refeitório, vai funcionar na cantina da residência de estudantes que se encontra logo do outro lado da rua.

«Ou procurávamos espaços no exterior ou avançávamos para a solução dos contentores», explicou António Soares, que revelou que «chegou a pensar-se no aluguer de instalações no ISACE e na Fundação Augusto Gil e, em última instância, na ADM Estrela». Porém, após reuniões com o Conselho Pedagógico e com a Associação de Pais, concluiu-se que «a opinião de que se deveriam manter os alunos dentro da escola era unânime», salientou. A inexistência de laboratórios naqueles espaços alternativos e as deslocações constantes dos alunos foram, segundo António Soares, alguns dos motivos que levaram o conselho executivo a propor à Parque Escolar a instalação dos contentores.

«Ficarei muito triste se tiver de ver um aluno pedir transferência por causa das obras», considerou António Soares, que pede a todos «algum sacrifício» neste processo. «A solução encontrada é até melhor do que muitas salas de aulas que existem em escolas do país», sustentou. António Soares salientou que «há condições para que os alunos estejam na escola» durante as obras, até porque, caso assim não fosse, «não teríamos optado por esta solução».

A Escola Secundária Afonso de Albuquerque vai ser totalmente remodelada, num investimento que ascende aos 9,6 milhões de euros. As novas áreas a construir são um polidesportivo, uma ligação entre dois blocos, com dois pisos, e um espaço que vai acolher um grande auditório. A escola, com 40 anos de existência, tem cerca de 900 alunos e 130 professores.

As obras deverão estar no terreno ainda durante este mês

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