Desde Maio que António Moreira, habitante da aldeia do Rochoso, concelho da Guarda, se queixa de atrasos na entrega da correspondência, «de 15 dias por vezes». O antigo funcionário da banca, reconhece que «todos falhamos uma ou duas vezes, mas à terceira já é porque se passa qualquer coisa». Segundo este morador, o problema pode ficar a dever-se ao facto de, esporadicamente, aparecer «um ou outro carteiro diferente». De resto, estes atrasos já lhe trouxeram alguns problemas, especialmente quando devia ter recebido a carta verde do seguro da sua viatura e tal não aconteceu. Também os atrasos na entrega de jornais, por exemplo, levaram-no ao cancelamento da assinatura por não ver qualquer lógica em «ler notícias com 8 ou 15 dias de atraso». Nunca notou falhas no envio da correspondência, pensando tratar-se de um «erro» do Centro de Distribuição Postal da Guarda, numa situação que já o fez queixar-se à Provedoria dos CTT, que, depois de contactar os serviços da cidade mais alta, concluiu que os atrasos se ficavam a dever a «problemas pontuais e imprevistos» relacionados com a «gestão dos recursos humanos». A provedoria informou ainda que a situação já estava «regularizada», embora António Moreira se continue a queixar. Contudo, o presidente da Junta de Freguesia do Rochoso, Joaquim Vargas, à semelhança do funcionário responsável pelo correio, realça que não recebeu queixas de outros moradores, considerando «normal» haver alguns atrasos neste mês. “O Interior” contactou outros habitantes que garantem que, tirando «algumas falhas em Agosto», não houve mais problemas com a distribuição do correio, relembrando as duas décadas de trabalho do carteiro que por ali passa.