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Atraso do QREN «prejudica a competitividade dos municípios e afunda empresas»

Acusação é de Júlio Sarmento, presidente da Câmara de Trancoso

«O atraso na execução do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) está a atrasar os municípios, a sua competitividade e a afundar empresas, não sendo a alavanca necessária num momento de crise para que as empresas fossem mais dinâmicas».

A crítica é de Júlio Sarmento, presidente da Câmara de Trancoso, que afirma que esta situação «não contribui para que as empresas sejam mais dinâmicas, tenham mais trabalho e criem mais emprego e mais sustentabilidade económica». «Estamos perante um Governo que não impulsiona as pequenas e médias empresas, que não lhes dá condições de criarem dinâmica, competitividade e músculo quando estão numa situação de recessão de mercados, que não têm obra para trabalhar, que estão a despedir pessoas, estão em dificuldade de tesouraria», disse o edil. Júlio Sarmento entende que o clima económico actual do país «não é apenas o resultado da recessão internacional, tem a ver muito com o desajustamento estrutural da economia portuguesa». «Parece que não aprenderam nada com as modificações que ocorreram nos últimos 20 ou 30 anos», declarou.

Para o edil, «os senhores que idealizaram o QREN pensaram-no para um país que não existe. Aquela gente, saída das universidades, deve ter imaginado este Quadro e está a complicá-lo tanto que está completamente desfasado da realidade». Por ouro lado, Sarmento considera que se «desperdiça a experiência de muita gente que vem da administração pública e que esteve na génese e trabalhou no I, II e III Quadro Comunitário de Apoio». E evidenciou que, apesar de estarmos a meio de um Quadro Comunitário de Apoio, «ninguém ouve falar do principal decisor, o ministro do Ambiente, porque desapareceu completamente. Isto demonstra bem que este Governo pouco mais sabe fazer do que mandar executar obras por terceiros que serão pagas pelas gerações seguintes», criticou.

José Domingos

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