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Assunção Cristas incentiva produtores de azeite a usar fundos comunitários

A nova confreira do azeite esteve na Guarda para ser entronizada e considera o produto o “ouro” da agricultura

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, esteve na Guarda no sábado para ser entronizada pela Confraria do Azeite e aproveitou a cerimónia para incentivar os produtores da região a recorrerem ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), sucessor do PRODER, como forma de investimento no setor. Segundo a governante, o PDR 2020 tem cerca de quatro mil milhões de euros e poderá servir para «apoiar a modernização dos lagares, o regadio na produção e também a promoção e o aconselhamento técnico».

Para Assunção Cristas, o azeite é o «ouro da nossa agricultura», pois representa um por cento da produção agrícola nacional, o que se traduz em 350 milhões de euros quando falamos em exportações. A ministra acredita que este é um valor que ainda pode aumentar tendo em conta «aquilo que está instalado no território português em azeite, que irá entrar em produção brevemente, nos próximos anos nós vamos continuar este caminho de crescer fortemente». É para o Brasil que segue o maior volume de exportações (50 por cento), mas existe vontade em apostar no Extremo Oriente, e «não é por acaso que a Confraria do Azeite já estabeleceu um núcleo em Macau», constatou a titular da pasta da agricultura.

A produção de azeite em Portugal «associa a tradição com a modernidade» e tem sido um produto cada vez mais procurado, «faz bem à saúde, é uma gordura muito saudável, faz parte da nossa dieta mediterrânica e aquilo a que assistimos no nosso país é a um extraordinário dinamismo do setor», acrescentou Assunção Cristas. A ministra comparou mesmo o crescimento da produção de azeite entre 2000 e 2014, que considera «imenso». Quanto à sua entronização como confreira, Assunção Cristas declarou aceitar o desafio «com muito gosto, com muita honra, porque, de facto, o azeite faz parte das minhas predileções». Na cerimónia do “Capítulo” foi também entronizado o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, a conselheira económica da Embaixada da República Popular da China Xu Weili, a chefe de delegação económica e comercial de Macau em Lisboa, Gabriela César, eurodeputados e produtores nacionais.

Gabriela César explicou que, «em Macau, o azeite é já uma tradição pela sua gastronomia própria, ligada à portuguesa». Já no caso da China identificam-se facilmente diferenças gastronómicas e é por isso necessário «fazer uma maior divulgação». No entanto, a responsável considerou que «há um potencial muito grande pelas virtudes» do azeite.

Ana Eugénia Inácio Na cerimónia na Guarda, ministra enalteceu setor com «extraordinário dinamismo»

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