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Associação do Vale do Côa promove sessões de cinema gratuitas

Intenção é motivar a população do Douro Superior a assistir a filmes e «prepará-la» para o Cinecoa

Com o objetivo de «preparar as pessoas da região para o Cinecoa», a Associação para a Promoção da Arte e Cultura do Vale do Côa, sediada em Vila Nova de Foz Côa, está a promover mensalmente sessões de cinema gratuitas, seguidas de debate com realizadores e críticos presentes. “Sem Companhia”, de João Trabulo, foi o primeiro filme exibido no “Cinema do Mundo”, no passado domingo.

A longa metragem premiada no Festival IndieLisboa de 2010, sobre dois jovens que cumprem pena numa prisão de alta segurança no norte de Portugal, atraiu «entre 20 a 30 pessoas» ao auditório do Centro Cultural de Foz Côa. Para o realizador, a adesão «não deixa de ser positiva», até porque o filme foi exibido num dia «muito chuvoso» e, por outro lado, «não há propriamente uma tradição das pessoas saírem de casa ao fim-de-semana para assistirem a eventos culturais». De resto, o também novo presidente da APDARC acredita que, «com o passar do tempo e o aproximar do calor», as pessoas vão aderir mais a uma iniciativa «que poderá vir a ser um grande sucesso no futuro». Além da exibição de filmes, que serão sempre analisados num debate com realizadores, produtores e críticos, a Associação pretende ainda organizar exposições fotográficas e concertos.

Em suma, a ideia «é devolver à região uma série de eventos culturais, não só em Foz Côa, mas também noutros concelhos da região». De resto, no domingo foi também inaugurada a exposição fotográfica de “Sem Companhia”. Os próximos filmes em cartaz são “A Estrada”, de Federico Fellini, a 17 de fevereiro, e “As Horas do Douro”, de António Barreto e Joana Pontes, a 31 de março, sendo que o objetivo é «incidir na história do cinema e nos filmes portugueses». «Queremos motivar a população do Douro Superior a assistir a produções cinematográficas, mais de autor e mais ousadas, e começar a prepará-la para eventos como o Cinecoa», Festival Internacional de Cinema de Foz Côa, refere João Trabulo. Um evento em que a APDARC se vai associar à Periferia Filmes e à Câmara de Foz Côa. O realizador salienta que a «a ideia é também fazer parcerias com outras entidades», como o Museu do Douro, o Teatro Municipal da Guarda ou o Citemor, de Montemor-o-Velho, para «fazer circular várias ações ao longo do ano nas suas regiões de influência».

Ricardo Cordeiro “Sem Companhia”, de João Trabulo, foi o primeiro filme exibido nesta iniciativa

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