A Associação Comercial da Guarda (ACG) alerta os seus associados para não assinarem um falso inquérito sobre as suas empresas e actividades. Enviado pelo correio, o formulário destina-se a contratar publicidade na Internet, cuja factura segue depois.
A desagradável surpresa já bateu à porta de quatro empresários da cidade, que, após enviarem o documento devidamente preenchido, receberam a primeira de três facturas de 787 euros para liquidar. O impresso tem a designação de “Comércio do Mercado Nacional 2008/2009 – Registo da Informação Comercial” e estará a ser recebido por todo o país, sendo já conhecidos alguns casos no Algarve. Na Guarda, o assunto foi remetido para o serviço jurídico da ACG: «Aquelas pessoas queixaram-se porque não contrataram nada, apenas preencheram o formulário e autorizaram a divulgação da informação num site», adianta o presidente da Comercial. Paulo Manuel revela também que este «expediente ardiloso» já foi comunicado ao Ministério Público e à Confederação do Comércio de Portugal, para que lhe ponham termo.
Segundo o dirigente, «o impresso parece oficial e quem olha para aquilo pensa tratar-se de um pedido de informação, proveniente de uma entidade pública ou de um organismo associativo legalmente existente, para constar numa página de Internet oficial». No entanto, Paulo Manuel – também ele destinatário de uma dessas missivas – garante que o «verdadeiro objectivo» está escrito em letra pequena, na parte final do documento, e consiste «em obrigar os mais distraídos a pagar por um serviço que não pediram». Apela, por isso, aos empresários da região para que não assinem o documento, enviado por uma empresa espanhola que utiliza uma morada em Coimbra, nem paguem nada, «a não ser que queriam contratar o serviço».
