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Assembleia Municipal de Fornos de Algodres repudia fecho do tribunal

Moção apresentada pelos socialistas foi aprovada por unanimidade na sessão da última quinta-feira

A Assembleia Municipal de Fornos de Algodres aprovou, por unanimidade, uma moção de repúdio contra o eventual encerramento do Tribunal Judicial local, previsto no âmbito da reorganização das comarcas.

A missiva foi apresentada pela bancada do PS na sessão da última quinta-feira e nem as críticas ao atual Governo demoveram os eleitos sociais-democratas de subscreverem o documento. O resultado foi uma votação «unânime e inequívoca» pela manutenção deste serviço público, desafiando-se ainda «todos os fornenses a envolverem-se nesta “luta” pela defesa dos poucos serviços públicos que ainda restam neste concelho e que foi uma conquista de todos nós», refere a moção, a que O INTERIOR teve acesso. Recordando que o tribunal foi inaugurado pelo então primeiro-ministro António Guterres, em 1998, os subscritores acrescentam que o edifício é «novo, com ótimas condições e profissionais que vivem constantemente a causa pública», tendo resultado de «um enorme investimento da administração central e local, cujo encerramento não pode nem deve ser mais uma arma de arremesso contra o concelho».

Além disso, garantem que «a justiça de proximidade ficará mais pobre e muito mais lenta para os fornenses», pois «ninguém acredita que centralizando estes serviços, a justiça se torne mais rápida». A moção critica ainda o atual Governo, acusado de não conhecer as realidades locais e de só se interessar pelas «estatísticas e o cumprimento escrupuloso da vontade» da “troika”. «Os concelhos do interior do país são confrontados com notícias que em nada beneficiam o seu desenvolvimento e sustentabilidade, tais como o encerramento de vários serviços públicos. Lentamente vai acabando a componente social do Estado», lê-se ainda.

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