São imagens reflectidas no chão que fazem fugir os coelhos e os ratos. São imagens reflectidas nas paredes que assustam as crianças. Mas podem ser imagens fascinantes de dedos que contam histórias, como marionetas reflectidas na parede. As sombras podem ser, e são, o que se quiser. Também podem ser aquelas figuras sinistras que surgem por trás de quem fala na televisão. Havia um louco do F. C. Porto que acabou vedeta de programas do Herman José. Sombra pode ser a figura atrás dos políticos. Aquele que engendra sem se mostrar. O Cardeal por trás do Rei, o regente por vez do que tem direito. Sombras são as fantasias que fazemos dos acontecimentos à nossa volta. Eles prepararam tudo… eles estão só à espera… eles querem matar toda a gente… eles têm armas nucleares… As sombras percorrem a nossa imaginação em busca de gatilhos que nos fazem a vida mais sinistra, com mais medos. As sombras genéticas indicam já o nosso percurso quando nascemos. São as que mais me danam. Era melhor um destino amplo, abrangente, sem doenças prévias e sem tendências previsíveis. As sombras estão aí.
Por: Diogo Cabrita
