Nunca, pelo círculo da Guarda, houve tantos candidatos à Assembleia da República como nas próximas eleições legislativas. A 4 de outubro o boletim de voto apresentará 15 forças políticas. O INTERIOR quis conhecer os principais objetivos de alguns dos chamados pequenos partidos que vão a votos.
O MPT-Partido da Terra, cujo cabeça de lista é Edmundo Tavares, é a segunda força política que irá aparecer no boletim de voto. O candidato, atualmente a viver em Madrid, é natural de Freineda (Almeida) tem como motivação «uma transformação global do paradigma político em Portugal», defendendo «uma nova democracia, uma democracia das pessoas, com as pessoas e para as pessoas». O MPT procura criar «uma sociedade mais próspera, mais justa e cujo poder público não seja monopolizado por oligarquias camufladas de democracia». Talvez por saber a dificuldade em conseguir uma boa votação na Guarda, Edmundo Torres não fala em números, diz apenas querer afirmar o partido na região e demonstrar aos cidadãos que «existe uma nova forma de fazer política com as pessoas e para as pessoas», criando ao mesmo tempo «uma “revolução” de ideias e gerar uma profunda reflexão na sociedade portuguesa em geral sobre o estado do poder político, corrupção e transparência do Estado».
O PCTP/MRPP é outra das forças políticas candidatas e já não é novidade no círculo da Guarda. Leopoldo Mesquita lidera a lista por considerar que este é o «partido que melhor interpreta e exprime a vontade popular de mudança no país, tendo em conta os interesses de quem trabalha e não de quem vive à custa do trabalho alheio». A eliminação das portagens na A23, a revitalização e plena utilização da Plataforma Logística da Guarda e adoção de um plano urgente de desenvolvimento agrícola, florestal e pecuário, são algumas das suas propostas ao eleitorado. Por sua vez, António Andrade encabeça a lista da coligação AGIR/PTP/MAS que se assume com «candidatos oriundos do seio do povo e que conhecem e defendem as verdadeiras necessidades do povo».
Esta coligação pretende acompanhar de perto «os reais problemas que afetam as populações», através de deslocações periódicas «a todas as cidades, vilas e aldeias do distrito», bem como apostar na agricultura com «novas técnicas e formas de produção mais rentáveis». Entre as propostas está ainda criar incentivos a pequenos e médios empresários, a criação de emprego, apostas no ensino e na saúde. Pelo Livre/Tempo de Avançar concorre Nuno Serra, movido «por um imperativo moral e cívico, com a consciência de que o país vive um momento de escolhas decisivas quanto ao futuro que quer trilhar». O seu objetivo é «contribuir para um debate informado sobre essas escolhas, combatendo os discursos da iniquidade» por considerar que «o país precisa de quem o defenda e porque sei que a Guarda e o interior merecem muito, muito mais». Nesta candidatura, Nuno Serra defende «estratégias de desenvolvimento para o interior do país», que passam pela melhoria das acessibilidades ferroviárias e rodoviárias, o acesso à educação e à saúde, políticas de emprego que permitam recuperar a qualidade perdida dos serviços públicos e tornar o distrito e a região mais atrativos.
Já pelo PURP (Partido Unido dos Reformados e Pensionistas) concorre Ilídio Gomes por ser «um projeto com o qual me identifico e estou confiante que vai mudar o plano político do país». O objetivo do candidato é «levar a “peste grisalha” para o Parlamento e mostrar o nosso valor, pois também me considero “grisalho”», disse, numa indireta à famosa tirada de Carlos Peixoto, cabeça de lista da coligação “Portugal à Frente”. Nesta ronda, O INTERIOR quis conhecer os objetivos do “Nós Cidadãos”, do PTP (Partido Trabalhista Português), do “Juntos pelo Povo” e do PPM (Partido Popular Monárquico), cujos candidatos não foi possível contactar ou não responderam em tempo útil.
Ana Eugénia Inácio
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