Arquivo

«As pessoas já sentem confiança no Instituto Politécnico da Guarda»

Cara a Cara – André Barra

P – Qual o passivo da Associação Académica da Guarda neste momento?

R – O passivo da AAG é atualmente de 18 mil euros que esperamos anular com o nosso trabalho, com todas as atividades que temos projetadas e com a ajuda de todas as entidades e patrocinadores mais próximos da Associação ao longo deste mandato.

P – Quais os objetivos deste mandato?

R – Fazer com que todas as atividades lúdicas ou festivas adquiram um carácter de envolvimento de modo geral, isto é, que sejam vistas como as atividades dos nossos estudantes mas que sejam direcionadas também para todas as pessoas da cidade. Temos ainda o objetivo de estar atentos às principais necessidades dos nossos alunos e ter uma atenção especial a casos excecionais de dificuldades familiares a diferentes níveis para que tenham uma resolução que esteja ao nosso alcance. Temos também um objetivo de importância acrescida, que é o equilíbrio financeiro da AAG para assim podermos criar uma ideia e imagem cuidadas de entidade defensora dos estudantes do IPG. De um modo geral, a AAG promove a participação dos estudantes e a realização na vida ativa do Instituto, além de dinamizar as mais diversas atividades académicas ao longo do ano.

P – Qual o orçamento da Semana do Caloiro e quais os principais destaques?

R – Os custos globais da Semana do Caloiro rondam os 70 mil euros e o evento tem como destaques o tradicional Quim Barreiros, o Juvêncio Luyiz e o Agir, que está em voga na visão dos mais jovens.

P – Quais os motivos que o levam a assumirem este cargo?

R – A principal razão que me levou a assumir este cargo, além de ter gosto pelo associativismo e de ter sido encorajado por muitas pessoas, foi mesmo a minha personalidade vincada. Gosto de liderar e de desafios, e quando a AAG ficou nesta posição mais frágil apareceu um grande desafio ao qual alguém tinha de responder! Como também responsável pelo passado da associação, resolvi não virar as costas aos estudantes e à gente da Guarda (e não só da Guarda) que se preocupa e gosta de nós para levar a bom porto o futuro da AAG.

P – Quais os eventos ou iniciativas que já têm em mente?

R – Temos em mente iniciativas sociais, nomeadamente uma recolha de alimentos para serem atribuídos a instituições ainda a eleger. Temos vários eventos festivos que estão a ser construídos internamente, mas neste contexto temos de realçar a Passagem de Ano Académica, evento único a nível nacional que está a crescer de ano para ano.

P – O facto de ter concorrido numa lista única, acha que revela algum desinteresse por parte dos alunos?

R – Penso que sim. O interesse pelo associativismo tende a diminuir e não se sente também grande encorajamento por parte das várias entidades sociais que têm poder para o fazer. Isto de ser candidato único, ao contrário daquilo que se possa pensar, não me deixa feliz. A “rivalidade” dá trabalho e não dá tempo à acomodação, e este trabalho é o que desperta situações adormecidas e promove a pró-atividade de cada um dos elementos de uma lista candidata.

P – Quais são os principais constrangimentos dos estudantes do IPG (em termos de instalações, cantinas, bibliotecas, propinas)?

R – Um dos principais inconvenientes para os nossos alunos é o facto das cantinas não abrirem ao fim-de-semana, uma problemática à qual a associação não fica indiferente mas que não depende o suficiente da nossa vontade para que possa ter outra solução. No entanto, para combater esta dificuldade voltamos a abrir o nosso snack-bar nas instalações das residências para que os nossos alunos possam de alguma forma fazer uma refeição menos custosa e sem se deslocarem para longe da sua casa/quarto durante o fim-de-semana muitas vezes em condições climatéricas desfavoráveis. Em relação ao problema das propinas, um assunto sempre muito badalado, eu tenho uma posição de óbvia defesa dos interesses dos estudantes, como não poderia deixar de ser. Tenho a noção que a propina é “oxigénio” para o Instituto mas, pelo menos, quando não se pode baixar o peço, peço apenas que não se aumente o valor para que não seja mais um dos motivos que façam com que o IPG não seja escolha primordial para os alunos que começam a sua licenciatura.

P – Como vê o IPG no atual momento?

R – O IPG vive numa situação de dificuldades normais e comuns a todas as instituições de ensino, mas vejo e fui reparando ao longo destes anos de estudo num crescimento e visualização favorável do Politécnico. As pessoas já sabem onde é a Guarda e penso que sentem confiança nesta instituição fruto também da muita preocupação e trabalho de todos os funcionários e professores, aos quais deixo uma palavra de agradecimento e apreço pelo esforço, tal como à Direção e Presidência do nosso Instituto.

Perfil:

Presidente da Associação Académica da Guarda

Idade: 28 anos

Profissão: Estudante

Currículo: jogador de futebol com passagem por variados clubes federados, como o NDS, Fornos de Algodres, Beira-Mar, Académico de Viseu, Penalva do Castelo, SC Mêda, Manteigas e agora Ginásio Figueirense. Formação de 4º nível do curso de Qualidade, Ambiente e Segurança no Trabalho e a concluir a licenciatura de Desporto.

Naturalidade: Santarém

Livro preferido: “José Mourinho”

Filme preferido: “Out of time”

Hobbies: Desporto, filmes, leitura, sair com os amigos e namorada.

André Barra

Sobre o autor

Leave a Reply