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As Maiores Cidades da Beira Interior e seu envelhecimento

O INE divulgou em 31-10-2014 um conjunto de dados caracterizadores das 159 cidades existentes em Portugal tendo por base as informação dos censos 2011, onde afirmava que nesse ano residiam 4,45 milhões de pessoas nas 159 cidades do país, ou seja, 42% da população dos 10,5 milhões (aproximadamente) de residentes em Portugal. Segundo o estudo as 7 maiores cidades portuguesas são Lisboa, Porto, V. N. de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra. Estas cidades repartem-se pelas regiões Norte (54 cidades), Centro (43), Alentejo (21), a região de Lisboa (17), Algarve (11) e regiões insulares (13).

A população mais qualificada residia nas cidades. Em 2011, a proporção de população residente com ensino superior completo era superior nas cidades (21%) face ao conjunto do território nacional (15,1%). Também viviam mais estrangeiros nas cidades do que no resto do território. Em termos de emprego sectorial a hegemonia era do setor terciário/serviços (banca, seguros,…); além disso o sector terciário tinha, nas cidades portuguesas, uma importância, em termos de população empregada (79%), ainda maior do que no conjunto do país, onde, mesmo assim, ocupava 70% da população empregada. Os alojamentos das cidades do Algarve e das regiões autónomas são os mais sobrelotados. A dinâmica de construção é maior nas cidades do Algarve, mas as cidades de Lisboa e do Porto têm maior dinâmica de arrendamento. Um último apontamento para concluir que as cidades estão bastante envelhecidas mas muito menos do que o país no seu todo.

As cidades da Beira Interior

Nº de habitantes por região e cidade

A população total residente nas cidades da Beira Interior em 2011 era de 121,6 mil habitantes o que corresponde a 2.73% da população das cidades portuguesas. Na Beira Interior, constituída pelos distritos da Guarda e Castelo Branco, há um total de 10 cidades repartidas pelas nuts III Serra da Estrela com Seia e Gouveia, nut III Beira Interior Norte com Guarda, Pinhel, Meda, Trancoso e Sabugal, nut III Cova da Beira com Covilhã e Fundão e nut III Beira Interior Sul com Castelo Branco.

Em termos de população residente nas cidades a maior nut III é a da Cova da Beira com 42,5 mil habitantes (35% da população da BI), seguida da Beira Interior Norte com 35,98 mil (29.6%), da Beira Interior Sul com 34,3 mil (28.2%) e da Serra da Estrela com 8,76 mil habitantes (7.2%). (vd. gráficos seguintes).

Habitantes por cidade

Ainda em termos de população residente a maior cidade é a Covilhã com 34,5 mil habitantes (28.4% da população da BI), seguida de Castelo Branco com 34,3 mil (28.2%), da Guarda com 25,99 mil (21.4%), do Fundão com 8,1 mil (6.6%), de Seia com 5,4 mil (4.4%), de Gouveia com 3,4 mil (2.8%), de Pinhel com 2,9 mil (2.4%), de Trancoso com 2,7 mil (2.2%), de Sabugal com 2,21 mil (1.82%) e de Meda com 2,18 habitantes milhares (1.78%). (vd. gráficos seguintes).

Índices de envelhecimento das subregiões da Beira Interior

A Região Centro onde se localiza a Beira Interior tem um índice de envelhecimento de 121.07 mais 3.11 do que o país no seu todo (117.96). Duas das regiões da Beira Interior estão mais envelhecidas do que o país, a Serra da Estrela e a Cova da Beira com 163.49 e Cova da Beira com 163.49 e 156.55, respectivamente, o que corresponde a mais 45.53 e 38.59 respectivamente do que o país. Por sua vez as nuts da Beira Interior Norte e da Beira Interior Sul com 98.47 e 106.57, respectivamente, ou seja, com -19.49 e -11.39 respectivamente são regiões cujas cidades são mais jovens.

Envelhecimento das cidades da BI

A cidade mais envelhecida da Beira Interior é Gouveia com um índice de 246.48 (+128.5), seguida da Covilhã com 165.72 (47.8), da Meda com 159.1 (+40.2) e do Sabugal com 151.47 (33.5), todas elas acima do índice de envelhecimento médio do país. As cidades menos idosas são a Guarda (1º) com 86.42 (-31.5), seguida de Castelo Branco com 106.57 (-11.4), de Pinhel com 114.84 (-3.1) e de Trancoso com 117.59 (-0.4). O gráfico seguinte mostra a respetiva repartição e as diferenças para a média nacional.

Por: José R. Pires Manso

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