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«As festas, as rotundas e as flores não podem ser as prioridades da Câmara da Guarda»

Entrevista a Jorge Mendes, candidato do Bloco de Esquerda à câmara da Guarda

P- Como avalia a gestão de Álvaro Amaro?

R – A gestão do atual executivo PSD/CDS liderado por Álvaro Amaro foi desastrosa. Álvaro Amaro destruiu o capital de esperança que nele foi depositado por muitos guardenses há quatro anos. Gostaria, no entanto, de realçar que o CDS é igualmente responsável por este desastre e deve ser punido por isso.

P – Vê aspetos positivos neste mandato? Quais?

R – Este executivo recebeu uma dívida muito elevada e conseguiu reduzi-la. Isso foi positivo, embora, em abono da verdade, à custa de muitos impostos e de uma grande falta de transparência.

P – Qual é, neste momento, a principal carência da Guarda?

R – O grande problema da Guarda, aliás transversal a todos os municípios do interior, é o da perda de população. Só nestes últimos quatro anos foram cerca de 2000 mil pessoas. Sabemos que são precisas políticas de população ao nível governamental, mas a Câmara tem de ter as prioridades bem definidas e não são certamente as festas, as rotundas e as flores. A prioridade são as pessoas e os seus problemas concretos.

P – E o que pretende fazer para a resolver?

R – Este problema só se pode resolver através de uma estratégia coerente que integre oito eixos prioritários: Transparência, participação e democracia; Turismo, Lazer e Património; Políticas Sociais; Cultura; Reabilitação Urbana; Ambiente e sustentabilidade e Emprego e economia. Acreditamos que o Bloco de Esquerda pode ser uma força decisiva para a abertura de um novo ciclo autárquico neste concelho. O critério do êxito de uma governação autárquica não pode ser o da quantidade de betão que contrata; não pode ser o da quantidade de festas e eventos que realiza, mas a satisfação dos direitos das pessoas, dos indicadores de igualdade e de coesão social, da sustentabilidade ambiental, da participação cidadã nas decisões e na vida da comunidade.

P – Qual é o seu principal projeto?

R – Das muitas propostas que constam do nosso programa eleitoral eu destacaria os seguintes projetos âncora: requalificar o parque escolar com a criação de um novo Centro Escolar que sirva a zona da Póvoa do Mileu, Bairro do Pinheiro e Bairro da Luz; criar o Museu da Emigração; colaborar com os privados interessados na criação de um Museu Vivo que mostre a vida no concelho da Guarda desde o século XIX – o museu, além de construções alusivas, poderia apostar na reprodução fidedigna de algumas atividades da região; criar um Observatório Social do Concelho e implementar o Programa “Guarda Feliz”, de combate à exclusão social. Queremos também recuperar as instalações onde atualmente está a GNR, adaptando-as para um equipamento público multiusos com uma grande polivalência; implementar o Programa “Guarda Verde” para a melhoria do desempenho ecológico no concelho. Neste programa devem constar projetos específicos de corredores ecológicos que estabeleçam a continuidade do Sistema Natural através do tecido edificado da cidade. Será um plano “verde” que incluirá espaços de recreio e de produção, bem como áreas de proteção e valorização da Natureza. O BE pretende ainda estudar, conceber e implementar, em conjunto com o Instituto Politécnico da Guarda e com outras entidades, nomeadamente ligadas à Saúde e ao Ambiente, o projeto “Guarda Cidade Bioclimática”.

P – Atualmente acha que há medo e conformismo na sociedade guardense? Já sentiu isso?

R – Sim, há medo e conformismo na Guarda. É contra esse medo e conformismo que aqui estamos. Acreditamos num novo ciclo onde o Bloco de Esquerda será uma força decisiva. O voto no Bloco de Esquerda fará toda a diferença.

Comentários dos nossos leitores
Antonio vasco s da silva Vascosil@live.com.pt
Comentário:
Tanto que escreveu E nada acrescentou !
 
l.botas l.botas@hotmail.com
Comentário:
A ação do A.A. revela estarmos na presença de um cabotino, que praticamente se limitou a realizar obras na sua imensa maioria desnessárias e de gosto duvidoso previlegiando o estilo “pimba”.Entretanto foi esmifrando os contribuintes com impostos,nomeadamente com o IMI.
 

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