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As árvores morrem de pé?

Nos últimos tempos tem-se verificado o abate de árvores de grande porte situadas na povoação do Rochoso, a saber:

1.Foi cortado um carvalho situado no Calvário quem, segundo alguns moradores, tinha mais de 80 anos de idade. Trata-se de um local aprazível onde estão situadas algumas infraestruturas do Rochoso, nomeadamente a Capela de São Sebastião, o bar da Associação Cultural e Desportiva e o polidesportivo da aldeia. Era a única árvore antiga existente em área pública, constituída fundamentalmente por rocha e pequenos arbustos, de mais ou menos três hectares. A Junta de Freguesia entendeu vender o carvalho a um particular a troco de valores monetários que desconheço.

2.Há uns meses já tinha sido cortado um pinheiro, também de grande porte, com mais de 60 anos situado na Quinta da Esperança, um terreno de cerca de dois hectares, oferecida por um benemérito ao pároco do Rochoso e administrada pela Comissão Fabriqueira da paróquia. Esta quinta situa-se a 50 metros do cemitério e a 150 da igreja paroquial. A árvore, a única existente no terreno, foi vendida a um particular por 50 euros.

No mínimo, tais atos demonstram irresponsabilidade e falta de cuidado na gestão do bem público. Voltamos ao tema que bem recentemente esteve em discussão: quanto vale uma árvore? A quem pertencem as árvore existentes no domínio público?

Joaquim Vargas, Guarda, carta recebida por email

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