A sessão solene dos 818 anos da Guarda ficou marcada por apelos à união e ao diálogo em prol do desenvolvimento da cidade, mas também para exigir ao poder central medidas concretas para combater as assimetrias regionais.
Falaram Cidália Valbom, presidente da Assembleia Municipal, e os líderes dos diferentes grupos parlamentares, mas também Álvaro Amaro que lembrou que integra o “Movimento Pelo Interior” que, em 2018, irá apresentar ao Governo seis medidas em eixos como política fiscal, política educativa e política de ocupação do território. «A República Portuguesa não fez as contas de quanto está a custar ao país o despovoamento do interior», afirmou o presidente da Câmara, que disse concordar que alguns políticos pensem na possibilidade de chamar Dom Sancho ao «novo programa para salvar o país». Na sua opinião, o Orçamento de Estado «tem que pagar o desenvolvimento do interior nas próximas décadas.
Nas suas intervenções, Aires Dinis (CDU), Marco Loureiro (BE), Henrique Monteiro (CDS-PP), Joaquim Carreira (PS) e Tiago Gonçalves (PSD) defenderam o fim das portagens. Mas o centrista foi mais além e afirmou alto e bom som que «é hora de nos afirmarmos como espoliados do Estado» porque este «não cumpre os desígnios constitucionais para com os cidadãos desta região». Também o eleito socialista considerou que «é tempo do Estado nos compensar e é de tempo de exigir». Após a sessão solene foram inauguradas as obras de requalificação do parque municipal, onde Álvaro Amaro anunciou que quer ouvir, nos próximos três meses, opiniões de técnicos, cidadãos e estruturas políticas sobre a gestão das árvores daquele espaço verde. «Se a cidade o entender, estou disponível para investir e plantarmos novas árvores, para cumprirem mais décadas e décadas», disse.