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Árvore de Natal feita de latas é atração na Rapoula

Colocada no centro da aldeia localizada às portas da Guarda, a estrutura tem 10 metros de altura e 19.600 latas de refrigerantes

Desde o passado dia 15 que o Largo de São Marcos, no centro da aldeia da Rapoula, a poucos quilómetros da Guarda, está ornamentado com uma árvore de Natal singular. Um habitante da localidade andou cerca de cinco anos a recolher perto de 20 mil latas de refrigerantes que, após uma experiência mal sucedida no ano passado, foram transformadas este ano numa árvore com 10 metros de altura e seis metros de diâmetro.

Artur Lopes foi o mentor da ideia de criar uma árvore «diferente» e quem recolheu as 19.600 latas utilizadas na concretização da estrutura construída com a ajuda de «muita gente» da aldeia durante uns bons cinco dias. As latas foram colocadas ao longo de 2.200 metros de cabo de aço, a “árvore” é ainda ornamentada com uma estrela no topo e está amarrada a três árvores para garantir a estabilidade necessária para que não suceda o mesmo que em 2013, quando não aguentou mais do que 24 horas, caindo precisamente no dia de Consoada. «Foi um “abre-olhos”», afirma Artur Lopes, de 56 anos, que não esconde que chorou «como uma criança» quando viu todo o seu trabalho ruir em pouco tempo. Essa má experiência serviu de aprendizagem e assegura que a “árvore” deste ano «não cai», mostrando-se agradado com a reação «muito boa» dos habitantes da Rapoula.

A árvore foi construída com o apoio da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa local, à qual Artur Lopes presidiu durante cerca de 10 anos, e da Junta de Freguesia de Pêra do Moço que ofereceu a iluminação. O atual presidente da ACDR da Rapoula diz-se «satisfeito» com uma «ideia que pode trazer visitantes e dinamizar a aldeia, até porque a nossa intenção é mesmo essa». Além disso, Luís Maio salienta que é uma «ideia ecológica, assente na política dos “3 R’s” – Reduzir – Reutilizar – Reciclar», ao que Artur Lopes acrescenta que «é a prova de que se pode fazer algo bonito com coisas que já ninguém usa». A “árvore” vai ficar exposta até 8 de janeiro, após o Dia de Reis.

Artur Lopes, à esquerda, foi o mentor da ideia e quem recolheu as latas utilizadas para formar a “árvore”

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