Foi arrancada, na passada quinta-feira, uma árvore centenária na Avenida Cidade Safed, na Guarda. Tratava-se de um choupo, que segundo os responsáveis da autarquia, corria o risco de quebrar, para além de incomodar os moradores de um prédio adjacente.
«Não se abate uma árvore com o porte daquela de ânimo leve», explica o engenheiro responsável pelos jardins e zonas verdes do município. Ismael Pereira esclarece que o seu abate teve «em consideração diversas petições», nomeadamente de alguns moradores de um prédio adjacente, e que a intervenção «já vinha sendo protelada». «Já não é de agora que nos andavam a solicitar que fizéssemos alguma coisa», sublinha. O responsável refere que esta espécie «tem uma madeira quebradiça e inadequada para uma área urbana», sendo que «seria um risco mantê-la em pé por muito mais tempo», acrescenta. «As ramagens de baixo afectavam o trânsito e mais acima entupiam as caleiras junto aos telhados e entravam pelas janelas e varandas das pessoas», acrescenta.
Ismael Pereira explica que «se se fizerem pequenos cortes nas árvores, elas ficam mutiladas e descaracterizadas». Quanto ao “timming” escolhido, garante que, «tendo em conta a avaliação feita», a remodelação em curso do quiosque ali ao lado e visto a árvore estar a afectar o prédio adjacente, «era uma altura oportuna para se proceder à intervenção». Entretanto, alguns munícipes já se mostraram descontentes com a situação. Uma moradora da zona dos Castelos Velhos, que pediu para não ser identificada, disse mesmo que «parece que a Câmara Municipal pouco ou nenhum cuidado tem para preservar as nossas árvores».
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