A Artelivre – Associação dos Artistas Plásticos da Guarda promove a partir de hoje uma exposição e uma mostra de trabalhos do concurso de arte contemporânea que lançou aos jovens artistas, em Maio. Ao todo são cerca de 34 obras de arte contemporânea. A iniciativa vai decorrer no Paço da Cultura, a partir das 18 horas, até ao final deste mês.
A iniciativa pretende «mobilizar e incentivar os jovens para a arte», refere Jorge Barreira Pires, presidente da colectividade, acrescentando que esta se vai designar de “Arte2004”, sendo que vai ficar associada sempre à arte contemporânea. Nesse sentido o presidente da Arte Livre pretende que «este evento se venha a afirmar, na cidade, anualmente». Até porque «esta é uma oportunidade única para expor os trabalhos» de autores que nem sempre têm essa possibilidade, adianta Jorge Barreira Pires, realçando, no entanto, que o objectivo visa paralelamente promover e divulgar o trabalho dos artistas plásticos associados na Artelivre. Para além da exposição conjunta de dezassete artistas da associação e da mostra de mais dezassete jovens criadores, a ocasião vai ser aproveitada para prestar homenagem ao falecido artista Jerónimo Brigas. O concurso destina-se em exclusivo a obras de pintura e escultura modernista, tanto a nível de técnicas como de materiais, para artistas com idades compreendidas entre os 16 e 30 anos, «provenientes de todo o país», comenta o presidente da associação. Adiantando que são obras «muito interessantes», salienta o responsável, tanto a dos jovens criadores, «sendo que algumas são uma revelação», mas também as criações dos artistas da Artelivre, «nos quais se nota um salto qualitativo».
O concurso foi aberto a todo o tipo de expressão temática e propostas estéticas, desde que se cumprissem algumas exigências, nomeadamente o ano de realização da obra, que deverá ser posterior a 2001, a faixa etária do artista, compreendida entre os 16 e 30 anos, enquanto que as participações deverão ser individuais. Recorde-se que em relação às especificações das obras, os autores podiam apresentar um máximo de duas obras, cujas dimensões mínimas serão de 80/80 e máximas de 150/200. Não foram admitidos trabalhos que, sob qualquer pretexto, se apresentem com chapa de vidro. O júri do concurso é composto por quatro personalidades convidadas pela direcção da Artelivre, nomeadamente um representante da associação, do Governo Civil e da Câmara da Guarda. Sendo que o presidente terá um voto de qualidade. No final, os melhores de ambas as categorias serão distinguidos com um primeiro prémio designado “Jerónimo Brigas”, que consiste numa quantia de 250 euros; um segundo prémio denominado “Artelivre”, a que correspondem 150 euros, e, por fim, o terceiro que consistirá numa menção honrosa. Todos os galardões serão entregues com diploma próprio, numa cerimónia com dia e hora a designar, durante a primeira quinzena de Setembro.
Patrícia Correia