O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) vai manter quatro dos cinco arqueólogos avençados do Estado. A situação dos cinco dispensados, no início do ano, pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) acabou por ser desbloqueada na última terça-feira, garantindo a continuidade das escavações e investigações da arte rupestre no Vale do Côa.
Segundo Alexandra Cerveira Lima, directora do PAVC, «o IGESPAR garantiu que só faltam as questões processuais, mas que os arqueólogos irão manter-se em funções». Apesar do parque ter ao serviço cinco arqueólogos, apenas quatro irão continuar, isto porque um deles acabou por rescindir contrato «por ter ganho uma bolsa de investigação. No entanto, irá continuar a colaborar com o Parque Arqueológico», adianta a responsável. Actualmente, os arqueólogos coordenam as actividades pedagógicas das visitas escolares e preparam os conteúdos expositivos do Museu do Côa, com abertura prevista para o último trimestre deste ano. A directora garante que estes elementos, que trabalham há cerca de 10 anos no PAVC, eram «indispensáveis para a continuidade do trabalho de campo na pesquisa da arte rupestre, na preparação de conteúdos para o novo museu e no serviço educativo». No entanto, Alexandra Cerveira Lima diz desconhecer qual o ponto de situação no resto do país. A cessação das avenças insere-se no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e envolve, além de 30 arqueólogos, juristas, bibliotecários, administrativos, historiadores de arte, informáticos e fotógrafos, entre outros profissionais que trabalhavam para o instituto em regime de avença.