Armando Reis demitiu-se da comissão política da concelhia da Guarda do PS por discordar da compra do “Bacalhau” pela Câmara da Guarda.
O militante e ex-presidente da Federação da Guarda divulgou a decisão na véspera da Assembleia Municipal que ratificou o negócio, por 1,4 milhões de euros, revelando que que tentou «algumas vezes» colocar o assunto em debate na concelhia, mas que obteve «respostas evasivas e não consistentes por parte de camaradas autarcas (vereadores) e sem manifesto interesse em discutir o mesmo», refere em comunicado. Armando Reis considera que, «além de outros fatores a que se junta a atual situação financeira da autarquia, não é compreensível efetuar investimentos que não são necessários para a sua atividade».
Nesse sentido, justifica que a demissão é «a forma que encontrei no plano político e partidário para demonstrar a minha discordância e desta forma não ser conivente politicamente por omissão, com um grave erro de gestão pública que no futuro vai ter de se pagar». E reforça a sua posição, citando de Manuel Alegre: «Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não».