A área ardida no distrito da Guarda aumentou este ano 34,5 por cento relativamente a 2011, segundo os últimos dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O relatório provisório de incêndios, divulgado na semana passada, revela que, entre 1 de janeiro e 30 de setembro, arderam no distrito 10.083 hectares (6.597 em igual período de 2011), valor para o qual muito contribuíram as ocorrências registadas na primeira semana de setembro. Data do dia 2 o grande fogo de Torrozelo (Seia), onde as chamas consumiram 2.480 hectares, e de dia 4 o incêndio de Ribamondego (Gouveia), que devastou 1.602 hectares. Em ambos os casos, desapareceram 3.492 hectares de povoamentos florestais. De resto, até agora arderam mais povoamentos (5.110 hectares) do que matos (4.973), mas a Guarda é também, com Bragança, o distrito onde houve mais incêndios (349) do que fogachos (315), de área inferior a um hectare. De acordo com o relatório do ICNF, registaram-se no mês passado seis grandes incêndios (área igual ou superior a 100 hectares).
Agosto despediu-se com 186 hectares queimados em Santa Comba (Foz Côa), mas a 2 de setembro o caso foi sério em Torrozelo (Seia) e ocupou os bombeiros durante vários dias. No dia seguinte arderam 165 hectares em Avelãs de Ambom (Guarda) e 448 no dia 6 em Sobral Pichorro (Fornos de Algodres). Também nesse dia, as chamas rondaram a freguesia de Aldeias (Gouveia) e consumiram 125 hectares. O maior incêndio do ano ocorreu em julho, no concelho de Tavira, e consumiu 21.437 hectares de espaços florestais.