O presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo defende a manutenção da maternidade do hospital da Guarda, para evitar que os bebés sejam «condenados a ir nascer em Espanha».
Numa carta enviada ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, o social-democrata António Edmundo alertou o governante «para a necessidade de acautelar a especificidade» do distrito da Guarda. «Não podemos ser condenados a ir nascer em Espanha, dada a proximidade geográfica, quando o país carece de maiores taxas de natalidade que invertam o “inverno demográfico” que assola a Europa, Portugal e sobretudo o interior do país», escreveu o edil. António Edmundo admite a reestruturação de alguns serviços na área da saúde, imposta pelas contingências da crise económica, mas rejeita o «possível encerramento de uma unidade de importância transversal e de uma mais-valia inquestionável para todo o distrito». A maternidade do Hospital Sousa Martins, na Guarda, «não pode ficar à mercê de um entendimento meramente numérico, uma vez que esta decisão acarreta consigo um conjunto de perplexidades, dúvidas e incertezas, para um sem número de atores, sejam eles os próprios profissionais de saúde como todos os possíveis utentes dessa instituição que tem parâmetros de qualidade reconhecidos por todos», justificou.