Maria Neto, arquiteta formada na UBI, venceu a 11ª edição do Prémio Fernando Távora, galardão instituído pela Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte, com o projeto “As cidades invisíveis de Dadaab”, um trabalho centrado naquele que é considerado o maior campo de refugiados do mundo, situado no Quénia.
Maria Neto é atualmente investigadora do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. A sua proposta concorreu com mais 17 projetos e «distingue-se por remeter para a própria essência da arquitetura: o abrigo», justifica o júri de acordo com a Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitetos, que anunciou a vencedora na sua página do Facebook. A jovem arquiteta terá agora a oportunidade de concretizar o projeto no campo de refugiados onde se encontram maioritariamente somalis, uma vez que o prémio contempla uma bolsa de viagem de 6.000 euros para esse fim. Os resultados deverão ser apresentados a 3 de outubro, na Câmara de Matosinhos, na data em que se assinala o Dia Mundial da Arquitetura.
O Prémio Távora realiza-se todos os anos, desde 2005, e está aberto aos membros da Ordem dos Arquitetos. É promovido pela Secção Regional do Norte da instituição, Câmara de Matosinhos e associação Casa da Arquitetura. O júri foi constituído pelos arquitetos Daniel Couto, Inês Lobo (Casa da Arquitetura), Cláudia Costa Santos (Ordem dos Arquitetos), a coreógrafa Olga Roriz e Maria José Távora, da família do homenageado neste concurso.