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Anti-jogo venceu na Figueira da Foz

Sp. Covilhã perdeu frente à Naval 1º de Maio e afastou-se um pouco mais da manutenção, num encontro onde o espectáculo foi paupérrimo

O Sporting da Covilhã voltou a afastar-se do sonho da manutenção com a derrota de domingo, frente à Naval 1ª Maio. A equipa serrana vê novamente os adversários directos a afastarem-se na classificação, com a diferença pontual a ser de novo de nove pontos. Depois da vitória nos Açores a esperança era muita e a equipa parecia estar a subir claramente de forma.

Mas as dificuldades durante a semana foram muitas devido à lesão de vários jogadores influentes, o que afectou a estratégia de João Cavaleiro para o desafio com o quarto classificado. Para piorar ainda mais a situação dos serranos, o Covilhã entrou praticamente a perder. Depois da marcação de um livre, Fernando surgiu sem marcação e não sentiu dificuldades para bater Celso. Nada que desmotivasse os visitantes, pois o empate surgiu numa falha do mesmo Fernando que, ao escorregar, deixou Oseias isolado para marcar. Só que a esperança num bom resultado foi de pouca dura, já que no minuto seguinte e num lance confuso, a Naval chegou ao golo da vitória. Celso saiu para aliviar um cruzamento, mas chocou com um colega enquanto a bola se encaminhou

para a baliza onde Anderson Luiz confirmou o golo em cima da linha. Na jogada seguinte, o avançado, que já representou o Benfica, teve um bom lance individual mas rematou rente ao poste. João Cavaleiro tentou alterar a estratégia e fez entrar Orlando, mas a aposta não vingou.

Depois do intervalo, um cabeceamento de Piguita foi parar às malhas laterais. No entanto, a partir dos 10 minutos, a Naval começou a praticar um autêntico anti-jogo, fazendo tudo para não se praticar futebol. Para piorar, Orlando foi expulso por palavras ao árbitro Jacinto Paixão, mas apesar da vantagem numérica a Naval não atacava, defendendo quase sempre com nove jogadores. Facto que o Covilhã também não aproveitou. Só mesmo nos minutos finais a equipa treinada por António Conceição decidiu aproveitar os espaços, mas Anderson e André Luís desperdiçaram as facilidades. No final do encontro, João Cavaleiro disse estar «satisfeito» com os seus jogadores, que fizeram um esforço «sobre-humano» e mereciam o empate. Já António Conceição considerou «justa» a vitória da Naval, sublinhando que a «pressão» sobre a equipa não a deixou praticar bom futebol.

Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã

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