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Andrade Poço crítica Laurentino Dias

Em causa declarações do secretário de Estado, que admite punir associações de futebol por não aprovarem estatutos da Federação

«Já estamos habituados aos devaneios do secretário de Estado». É desta forma que o presidente da Associação de Futebol da Guarda (AFG) reage a declarações de Laurentino Dias que admite produzir um despacho no sentido de punir as associações de futebol por estas ainda não terem aprovado a proposta de estatutos da Federação Portuguesa de Futebol.

«É tudo matéria para o despacho que vier a ser dado, mas há que ter o bom-senso de perceber que não se deve pôr em causa actividades e representações do mais alto interesse nacional por questões dessa natureza», esclareceu o governante numa alusão indirecta às associações de futebol, responsáveis pela não aprovação da proposta de estatutos da FPF e adequação destes ao novo Regime Jurídico das Federações aprovado a 31 de Dezembro de 2008. Em declarações à agência Lusa, sem se referir directamente às associações, o secretário de Estado considerou que «as actividades da FPF não podem ser prejudicadas», algumas delas «da mais alta importância para o país», designadamente a participação da selecção nacional na fase final do Mundial da África do Sul, razão pela qual se exige que «se sancione quem vier a dar azo a essas mesmas sanções».

Na resposta, Andrade Poço é irónico: «Como é que uma pessoa que não percebe nada de futebol e da realidade ainda continua no cargo?», disse, referindo a O INTERIOR que «o que diz agora vem no seguimento de muitos disparates». O dirigente assegura que as associações de futebol «continuam unidas com o objectivo de fazer vingar as suas intenções» e acusa Laurentino Dias de querer «destruir o futebol amador e acabar com as associações de futebol. Para ele só conta o futebol profissional», criticou. Em relação às «“ameaças”», o presidente da AFG responde deste modo: «Acreditamos que nada possa avançar sendo ilegal e inconstitucional. É completamente inconcebível que, depois do 25 de Abril ainda apareçam membros do Governo com esta posição. É a negação da democracia», sublinhou.

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