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Ambiente e prospecção marcam nova etapa da Panasqueira

Já passou um mês desde que os japoneses da Sojitz Corporation assumiram o controlo da mina da Barroca Grande

Passou pouco mais de um mês desde que a holding japonesa Sojitz Corporation assumiu o controlo da Beralt Tin & Wolfram, empresa que explora as Minas da Panasqueira, no concelho da Covilhã.

Para já, e segundo Corrêa de Sá, administrador-delegado da Beralt Tin, o balanço é positivo. Todos os projectos em curso vão manter-se e haverá novas prospecções, «de forma a manter reservas suficientes para assegurar pelo menos dez anos de produção», adianta. No Conselho de Administração também já houve mudanças, com a chegada de quatro representantes da Sojitz. Uma das principais preocupações «a curto prazo» será a questão ambiental. Corrêa de Sá revela que será investido um milhão de euros «na ampliação da actual Estação de Tratamento de Águas». Por outro lado, já decorrem uma série de melhoramentos relacionados com a «protecção de ruídos». Outro dos objectivos é a requalificação da barragem de lamas, «recuperando e reabilitando o volfrâmio existente», acrescenta o administrador-delegado.

Corrêa de Sá acredita que a empresa japonesa está apostada em «investir nas Minas da Panasqueira para o futuro», estando prevista a abertura de novos filões. Nesse sentido, durante o próximo ano serão feitas, «pelo menos, 20 novas contratações». Entretanto, está a ser elaborado o orçamento para 2008, documento que será apresentado ao Conselho de Administração no início do próximo mês. Actualmente as Minas da Panasqueira empregam 300 trabalhadores e produzem, essencialmente, volfrâmio. Nos últimos anos, as cerca de 120 mil toneladas extraídas por mês têm sido exportadas em regime de exclusividade para a multinacional alemã Osram, que fabrica lâmpadas de iluminação, cujos filamentos são feitos de tungsténio (volfrâmio). Situação que irá manter-se. Quanto à empresa japonesa, agora detentora da mina da Barroca Grande, trata-se de uma holding sediada em Tóquio que emprega mais de 17 mil trabalhadores.

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