Arquivo

Ambientalistas exigem divulgação de estudo sobre risco das minas para a saúde

A associação Ambiente nas Zonas Uraníferas (AZU) anunciou terça-feira que vai exigir à Assembleia da República e ao Ministério da Saúde a divulgação urgente das conclusões do estudo sobre o risco das minas para a saúde das populações. O estudo, iniciado em Abril de 2003, abrangeu cerca de 600 pessoas escolhidas ao acaso em freguesias dos distritos da Guarda e Viseu – onde se concentrou a maioria das minas de urânio -, metade das quais em Trancoso, Celorico da Beira e Seia.

«Fui hoje informado de que o estudo está concluído e que foi enviado aos vários organismos envolvidos. Exigimos, por isso, que as suas conclusões sejam o mais rapidamente possível dadas a conhecer às populações», afirmou o presidente da AZU, António Minhoto. O estudo – projecto “Minurar” – foi promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em colaboração com outras entidades, e pretendeu apurar se a saúde das população pode ser afectada pela proximidade das minas de urânio. António Minhoto considera fundamental que as conclusões sejam dadas a conhecer «ainda durante o mês de Julho, para se poder actuar rapidamente caso se tenham detectado situações graves, como indicaram os resultados preliminares». «As populações têm de saber o mais rapidamente possível o que se passa com a sua saúde. É justo que isso aconteça», frisou. Além de exames médicos aos seleccionados e da colheita de amostras de sangue e de cabelo, foi-lhes entregue um dosímetro, para medirem a radioactividade no interior das suas casas. Foram também feitas recolhas de água e de produtos hortícolas no perímetro das residências. O estudo abrangeu homens e mulheres com idades entre os 45 e os 64 anos, residentes em freguesias dos concelhos de Nelas, Vouzela, Viseu e Sátão (no distrito de Viseu) e Trancoso, Celorico da Beira e Seia.

Sobre o autor

Leave a Reply