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Amaro pede «alternância democrática» aos guardenses

PSD e CDS-PP assinaram acordo autárquico que estabelece coligação que já não acontecia desde 1985

A insistência na ideia de «alternância democrática» foi a tónica dominante no discurso de Álvaro Amaro durante a assinatura do acordo autárquico entre PSD e CDS para a Guarda, no último sábado.

Perante uma plateia, onde pontificaram dirigentes dos dois partidos, bem como os presidentes do NERGA, Pedro Tavares, e do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, o social-democrata sublinhou que «enquanto uns se dividem, outros juntam-se», sendo «importante dar este exemplo à sociedade guardense», numa alusão a outras candidaturas. O candidato anunciou ter sido o «único responsável» por parte do PSD pela condução das negociações «bonitas e interessantes» havidas com os vários responsáveis do CDS, mostrando-se otimista de que a candidatura que lidera «levará ao convencimento dos guardenses de que há uma uma forma de vencer o cansaço da Guarda não ter nenhum tipo de liderança regional». Quanto à distribuição dos lugares na lista, Álvaro Amaro disse que «a seu tempo» serão conhecidos os nomes, considerando que a Guarda «padece de doenças e de problemas crónicos».

O ainda presidente da Câmara de Gouveia lembrou que, além de Braga (cujo presidente é o mesmo desde sempre), a Guarda é a única capital de distrito que nunca mudou de cor partidária, tendo tido sempre presidentes eleitos pelo PS. «Por uma vez, promovamos essa alternância que é a riqueza da democracia. Dêem-nos uma oportunidade e daqui a quatro anos farão a sua avaliação: se valeu a pena a mudança ou então que nos mandem embora», declarou. De resto, Álvaro Amaro revelou que há «muitos guardenses» que o abordam «convencidos de que é muito importante mudar», daí acreditar que «para convencer as pessoas de que é preciso mudar não vai ser preciso muito trabalho». De resto, garantiu que depois das eleições, se for eleito, «a Câmara não terá dono», dizendo-se capaz de acabar com «a estagnação que a capital de distrito sofre por ausência de liderança». Pelo CDS, o líder da concelhia afirmou que este acordo é um «momento histórico» que «vai permitir virar a página da história recente da Guarda».

Henrique Monteiro acrescentou que esta aproximação foi possível através de um «diálogo franco, profundo e profícuo que permitiu perceber que haveria muitos pontos de convergência entre os dois partidos sobre o que deve ser o nosso concelho no futuro». O centrista considerou que PSD e CDS tiveram a «humildade de diluir naturais diferenças e responder de forma responsável aos muitos apelos que vieram da sociedade para que se faça uma união de esforços e se construa um projeto comum que possa mudar a realidade local». Por sua vez, João Prata, coordenador autárquico do PSD, recordou que uma coligação PSD-CDS não acontecia há «mais de 20 anos» e afirmou que, desta vez, «podermos finalmente interromper» o ciclo de presidências socialistas do município.

Ricardo Cordeiro Candidato diz que «muitos» guardenses o abordam «convencidos de que é muito importante mudar»

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