Álvaro Amaro e Júlio Sarmento decidem, hoje, quem vai disputar com Rui Ventura a presidência da Distrital da Guarda do PSD, cujas eleições deverão ocorrer no início de dezembro. O histórico autarca de Trancoso é a principal alternativa ao atual líder social-democrata, mas só estará disponível para avançar depois de saber o que pretende fazer o edil de Gouveia, que ainda não revelou a sua decisão.
Segundo apurou O INTERIOR, em cima da mesa estão duas soluções. Uma delas é manter a atual estrutura diretiva da Distrital, isto é, com Álvaro Amaro na presidência, João Prata e António Edmundo como vices e Júlio Sarmento na Assembleia Distrital. A outra – que, ao que tudo indica, poderá vir a ser a escolhida – implica uma troca de lugares entre Amaro e Sarmento. Fonte social-democrata adiantou que o autarca de Trancoso é «uma forte possibilidade» para ser o candidato. «Júlio Sarmento está motivado, tem disponibilidade e apoios, nomeadamente da estrutura distrital da JSD», acrescentou. Mas a hipótese Álvaro Amaro ainda não estará fechada, segundo a mesma fonte, para quem o líder distrital – que se candidatará a um terceiro mandato consecutivo se avançar – tem no próximo escrutínio «um bom desafio para enfrentar a concelhia da Guarda, que não morre de amores por ele e tem-no demonstrado em recentes tomadas de posição». Tudo deverá ficar decidido há hora de almoço.
Contactado por O INTERIOR, Júlio Sarmento confirmou apenas que «é hoje que tudo se decide», acrescentando que está disponível para «aceitar este desafio». Quanto a Álvaro Amaro, só se pronuncia depois de marcadas as eleições e de comunicar internamente a sua decisão. «Ainda é cedo para falar disso», declarou. Até agora, Rui Ventura, vice-presidente da Câmara de Pinhel, é o único candidato oficial. O antigo líder da distrital da JSD entende que «chegou a hora de uma nova geração assumir os destinos do PSD» na Guarda. Na sua opinião, «os líderes pouco variaram nas últimas duas décadas», pelo que é preciso «renovação». Rui Ventura, que vai apresentar a sua lista e apoios nos próximos dias, era um dos vice-presidentes de Ana Manso, a candidata derrotada em 2009.
Luis Martins