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Álvaro Amaro pede «severo castigo eleitoral» para PS

Candidato do PSD divulgou comissão de honra num jantar atribulado com cerca de duas mil pessoas onde voltou a reclamar uma «vitória muito forte» a 1 de outubro

Álvaro Amaro pede «um severo castigo» para o PS a 1 de outubro. O apelo foi lançado no jantar de apresentação da comissão de honra da candidatura do PSD à Câmara da Guarda que juntou cerca de duas mil pessoas no pavilhão do NERGA.

O autarca, que concorre a um segundo mandato, sublinhou que «há mil razões» para os guardenses votarem na sua candidatura. Desde logo porque tirou a Câmara «do garrote» das dívidas aos fornecedores, às coletividades e às juntas de freguesia e que restabeleceu a confiança dos guardenses fazendo obra e atraindo empresas. «O município estava à beira da pré-falência há quatro anos e a economia da Guarda não podia mais, mas nós pagámos e já não temos faturas em atraso», disse Álvaro Amaro, acrescentando que, «quando se está confiante, o investimento surge, a economia cresce e a cidade progride». O candidato acusou depois o PS de ter «anestesiado e adormecido» a Guarda durante 40 anos e que esse é «um caminho que já não queremos», pelo que pediu uma «vitória muito forte» a 1 de outubro. «E sei que a vou ter. Trabalhei quatro anos para isso», acrescentou.

Álvaro Amaro depreciou ainda a proposta da candidatura socialista, de criar a moeda “Sancho”, dizendo que a Guarda é «motivo de gargalhada nacional porque ninguém entende, nem mesmo o melhor economista, que o melhor para a economia do concelho é ter uma moeda própria». E, numa indireta a Eduardo Brito, o recandidato considerou que a candidatura à Câmara «não pode servir apenas para ajustar contas nos partidos, nem de trampolim político». Para o próximo mandato, o social-democrata promete um programa «mais arrojado porque nestes quatro anos poupámos muito». Presente no jantar, Marques Mendes afirmou que o amigo Álvaro Amaro está «entre os melhores autarcas do país» e que nestes quatro anos «tudo mudou» na cidade mais alta.

«Mesmo eu ouço isto de pessoas dos concelhos vizinhos, que dizem que a Guarda é o exemplo, está na moda, enquanto em Lisboa é olhada com outros olhos e atenção», declarou o comentador, que até considerou que a vitória de Álvaro Amaro «está mais ou menos assegurada». No entanto, o ex-presidente do PSD não se esqueceu de pedir «um voto reforçado». A comissão de honra é presidida por Carvalho Rodrigues – que sofreu uma queda aparatosa quando descia do palco após discursar e teve que receber tratamento hospitalar, tendo regressado ao NERGA pouco depois. A estrutura reúne, entre outras personalidades, Ana Manso, Joaquim Canotilho, os empresários José Luís Almeida, Laurindo Prata, Bernardo Marques e João Carvalho, também presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior. Os diretores da Coficab e Olano Portugal, João Cardoso e João Logrado, respetivamente, e o cientista Rui Costa são outros elementos.

Mas nem tudo correu bem numa noite que devia ser de aclamação de Álvaro Amaro, pois perto da 23 horas alguns dos presentes ainda não tinham jantado e abandonaram o espaço, enquanto outros manifestaram o seu descontentamento por este percalço logístico batendo com os talheres nos pratos.

Luis Martins Para o próximo mandato, Álvaro Amaro promete um programa «mais arrojado porque nestes quatro anos poupámos muito»

Comentários dos nossos leitores
Antonio vasco s da silva Vascosil@live.com.pt
Comentário:
Sem dúvida que a cidade está mais arrumada. É tempo de partir para uma nova fase. Aproximar as pessoas à Guarda. Combater o isolamento com que muitas das nossas aldeias se encontram, sendo o dormitório da cidade, continuam servidas por uma rede de transportes péssima e com horários parcos, o que impede que as pessoas se desloquem. Não é aceitável que apenas sejam servidas duas vezes por dia. Temos de servir os interesses das pessoas com um serviço digno e respeitável. É preciso ligar as aldeias próximas da cidade e fazer serviço público. Combater o isolamento e aproximar as pessoas aos serviços. A política, por fim, terá de ser direcionada para as pessoas e para isso é preciso gente com sentido de estado, alguém que defenda os verdadeiros interesses das pessoas.
 

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