Álvaro Amaro diz que a Guarda «continua um diamante por lapidar»

A Guarda «continua um diamante por lapidar», garante Álvaro Amaro, que celebrou dois anos de mandato na Câmara da cidade mais alta na passada segunda-feira.

Depois da projeção de um vídeo com os projetos e as iniciativas levadas a cabo pelo atual executivo, o social-democrata considerou que a Guarda «mudou e pode ter mesmo o futuro que todos almejamos». Na sua opinião, bastará por em prática «a política dos três “E”: eficácia, eficiência e envolvência» para que isso aconteça, tendo apelado ao envolvimento de todos os munícipes na «causa da Guarda». Mas também notou que ainda há «alguns “velhos do Restelo” que só veem a política partidária pela política partidária, a que tolhe o discernimento de se perceber que há hoje uma realidade diferente, e não reconhecem o mérito do trabalho que se faz». Críticas à parte, Álvaro Amaro, que, em setembro de 2013, pôs fim a 37 anos de domínio socialista e foi empossado presidente do município a 19 de outubro, declarou que «temos quase tudo cumprido do que prometemos», exceto «a grande promessa» de devolver o Hotel Turismo à cidade. «Mas falta pouco para isso acontecer, podem escrever», sublinhou.

Na sua intervenção perante cerca de 500 pessoas num restaurante em Maçaínhas, nas proximidades da cidade, o autarca insistiu que a Guarda «mudou» nestes últimos dois anos, durante os quais já devolveu «a autoestima» aos guardenses depois de «muitos anos de estagnação». Para o resto do mandato afirmou que «o que está em causa é a afirmação da Guarda» e anunciou que, «em julho de 2017, teremos uma cidade ainda com mais futuro, mais bonita, mais dinâmica e mais estimulante», dizendo esperar que, «daqui por sete a oito meses, o que está atualmente em estudo esteja em obra». Projetos que o edil social-democrata prometeu desvendar «daqui por algum tempo». Quanto ao futuro, Álvaro Amaro admitiu que ainda não sabe se vai recandidatar-se à Câmara em 2017 porque está «focado em ganhar o tempo que a cidade e o concelho perderam». Até lá, avisou que «ainda há muito trabalho a fazer», não sem antes recomendar a apoiantes, militantes e parceiros da coligação que «não alimentem, nem deixem que se alimentem, especulações» – isto a propósito da sua putativa candidatura à Câmara de Coimbra nas próximas autárquicas.

«Umas fazem-se com má-fé, outras para dividir, para guerrear, para tirar o sono a alguns potenciais candidatos, etc…, não se deixem levar por essa conversa da treta. Peço tranquilidade à coligação para continuarmos este trabalho pela causa da Guarda», sentenciou. Por sua vez, Luís Marques Mendes, amigo de longa data de Álvaro Amaro, fez o elogio do autarca e do político, considerando que «a prova dos nove de que ele é um grande presidente está feita». Mas avisou desde logo que o edil também é amigo pessoal de Pedro Passos Coelho e de Marcelo Rebelo de Sousa, pelo que «ninguém deverá estranhar se vier a ser chamado para outras funções». Por isso, aconselhou os guardenses a «cuidarem do seu presidente». O comentador e ex-líder do PSD não se pronunciou sobre uma eventual recandidatura de Amaro, mas sempre foi sugerindo que «quatro anos parecem-me curtos». Segundo Marques Mendes, um mandato «é bom, muito bom, para dar um sinal de como as coisas estão a mudar e podem mudar ainda mais. Mas é preciso ainda um pouco mais para consolidar e para projetar», aconselhou, até porque a competição entre cidades «é muito grande».