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Alunos do 12º ano pouco preparados para entrar no mercado de trabalho

Ministério da Educação e Ciência e Conselho Empresarial para o Desenvolvimento assinam hoje um protocolo de colaboração para desenhar os currículos dos cursos do ensino vocacional e na formação em contexto de trabalho.

Um inquérito realizado a 47 empresas em Portugal concluiu que os currículos dos alunos são desajustados e que os estudantes do 12º ano estão pouco preparados para entrar no mercado de trabalho.

Estas são duas das conclusões do questionário realizado pelo BCSD Portugal junto de 47 empresas com o objetivo de conseguir adequar os perfis pretendidos pelas empresas e a formação escolar, para desta forma reduzir o desencontro que existe entre as necessidades das empresas e as qualificações dos alunos que estão a sair das escolas secundárias.

O estudo revela que as empresas consideram prioritário adequar o ensino profissional – do 10º ao 12º ano – às suas necessidades práticas de recrutamento, uma vez que 80 por cento dos inquiridos «perceciona os candidatos do 12º ano como pouco preparados, enquanto 30 por cento melhoram esta perceção em relação ao ensino superior».

Em relação ao ensino secundário, o estudo revela que 70 por cento das empresas considerou os currículos desajustados, 70 por cento considerou o nível de conhecimento dos alunos com o 12º ano desalinhado e 80 por cento considera estes candidatos como pouco preparados.

No que toca ao ensino superior a perceção das empresas é distinta: apenas 10 por cento avalia os currículos como desajustados, 20 por cento considera o nível de conhecimento no final do curso como desalinhado e 30 por cento acha os candidatos com o ensino superior pouco preparados.

Além de querer perceber se o ensino português está adequado às necessidades das empresas, o questionário teve como objetivos identificar as necessidades das empresas para os próximos anos, perceber quem irão recrutar e quais as áreas onde o recrutamento é mais escasso no mercado português.

Engenharia tecnológica, comercial, marketing e comunicação de informação, ciências económicas, operações e logística e automação são as cinco competências mais escassas em Portugal, segundo o inquérito. As 47 empresas que preencheram o questionário empregam 240 mil colaboradores e faturam cerca de 67 mil milhões de euros na sua atividade global e fazem parte do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável. Nos próximos anos, estas empresas esperam criar entre 7.500 e 11.200 postos de trabalho em Portugal.

Hoje, o Ministério da Educação e Ciência e o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento assinam um protocolo de colaboração para desenhar os currículos dos cursos do ensino vocacional e na formação em contexto de trabalho.

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