Alunos da Escola de S. Miguel identificados por venderem droga

Dois alunos da Escola Preparatória e Secundária de S. Miguel, na Guarda, estão identificados e referenciados pela PSP por venderem droga nas imediações do estabelecimento escolar. O diretor do Agrupamento de Escolas de São Miguel garante que não há razões para alarmismo e que os estudantes em causa estão a ser alvo de acompanhamento psicológico.

Problemas de vária ordem foram denunciados esta semana por um cidadão que prefere não se identificar, mas David Gonçalves assegura que «há coisas que não correspondem à realidade e que são difamatórias». O professor reconhece que há dois alunos, que têm «à volta de 15 anos», das turmas CEF – Cursos de Educação e Formação que já estão «referenciados pelas autoridades porque vendiam droga fora da escola». O responsável adianta que se tratam de dois alunos que «vieram de outra escola» e que, nesta fase, «está tudo controlado», pois os «miúdos estão identificados e estão a fazer um tratamento/terapia com uma psicóloga que está a correr muito bem». Assegura que «estamos a trabalhar em conjunto com as autoridades» e que a terapia «está a resultar», sendo esse o «“feedback” que temos por parte da psicóloga».

De resto, o diretor do Agrupamento de Escolas de São Miguel até estranha o “timing” em que a denúncia veio a público, uma vez que os problemas foram detetados durante o segundo período do presente ano letivo: «É um alarme que não tem razão de ser nesta altura e, ao contrário do que é dito, na Escola nunca se passou droga, o que não quer dizer que não se venda nas imediações, porque lá fora já foge do nosso controlo», realça. Quanto a situações de alegada pedofilia, em que alunas de 14 anos namorarão com maiores de idade, sendo aliciadas para fumar, David Gonçalves assegura que não tem conhecimento «de nada» e desafia quem denuncia a situação a fazê-lo junto das autoridades. O INTERIOR tentou contactar o comandante da PSP da Guarda até ao fecho desta edição, mas tal não foi possível em virtude de Salvado Lopes se encontrar em serviço externo. Recorde-se que em janeiro houve também relatos de consumo de drogas e de álcool nas proximidades de outra escola da cidade, a Secundária Afonso de Albuquerque, o que motivou um reforço do policiamento.