Altice instala “call center” na Covilhã e cria 150 postos de trabalho

A Altice vai abrir um “call center” na Covilhã e criar 150 postos de trabalho. O centro de apoio telefónico, que envolve ainda a Randstad, será inaugurado em fevereiro, tendo o protocolo para a sua instalação sido assinado recentemente com a autarquia. O “call center” ficará no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkubis).

Este novo centro de apoio telefónico será o 13º da parceria entre a Altice e a Randstad, que tem um serviço idêntico (na foto) a funcionar na Guarda desde 2015. De acordo com a Altice, o “call center” terá 128 postos de atendimento e deverá acabar o ano de 2018 com 150 trabalhadores. O objetivo é que venha a ter 200 operadores. Estes postos de trabalho juntar-se-ão aos mais de 1500 já criados pela Altice e pela Randstad em Portugal. A escolha da Covilhã não foi um acaso: «A localização destes centros de contacto são uma opção estratégica da Altice, sendo instalados em zonas de baixa densidade populacional, para procurar dar à resposta à preocupação da desertificação», justificou o presidente executivo da empresa, Alexandre Fonseca. Quem agradece é o presidente da Câmara da Covilhã, para quem este projeto «responde às ambições dos nossos munícipes, que é trabalharem onde vivem», disse Vítor Pereira, que destaca «a primazia dada ao interior pela Altice».

Mas para concretizar o projeto a autarquia também teve de investir na «criação de condições logísticas e técnicas», num total de cem mil euros. Segundo o protocolo assinado com a Randstad, esta empresa vai investir 3.600 euros em formação para cada trabalhador e 75 mil euros em remunerações para um grupo de cem pessoas. «Os salários serão acima da média», acrescentou o edil. Para o presidente executivo da Randstad, José Miguel Leonardo, tem sido fácil arranjar recursos humanos na região, uma opinião partilhada pelo autarca covilhanense que recorda que «há uma longa tradição de emigração para países de língua francesa. Temos massa crítica». Quanto ao data center da Altice-PT, inaugurado em 2013, e que emprega 200 pessoas, Vítor Pereira considera que o investimento «ficou muito aquém do convencionado», que foi um total de cerca de mil novos empregos. «Mas estou convencido que outros projetos – não posso garantir, mas tenho expectativas fundadas – possam aumentar o número de trabalhadores, nomeadamente a concessão de outros blocos», afirmou o presidente da Câmara.