Almeida vai ter um campo de relvado sintético dentro de pouco tempo. Esta novidade surge numa altura em que um cidadão com uma ligação «muito afectiva» ao concelho raiano está empenhado em tornar realidade esta velha ambição. O município é um dos três do distrito da Guarda que estará representado nos Nacionais de futebol, nest caso, com os juvenis do Sporting Clube de Vilar Formoso.
Manuel Forte escreveu para a Assembleia Municipal e para a Câmara de Almeida com o intuito de «chamar a atenção» dos responsáveis autárquicos para a «lacuna que existe» no concelho. Actualmente a residir no distrito de Setúbal, este cidadão, que nasceu por «acaso» em Lisboa, mas sempre que pode regressa ao concelho onde possui casa, considera que se deve «aumentar as práticas desportivas e prosseguir as existentes com mais qualidade». Por outro lado, entende que com a recente aprovação da Lei de Bases do Desporto as autarquias têm «cada vez maior importância na resolução de algumas questões agudas do desporto português e, em especial, nas regiões e concelhos mais do interior», salienta numa das missivas a que O INTERIOR teve acesso. Deste modo, propõe que se instale no concelho um campo de futebol relvado, «ainda que em piso sintético». E sugere que, «no quadro das relações com o sistema desportivo, a partilha de competências entre a administração pública e o movimento associativo, se desenvolva um esforço comum que garanta participação, equilíbrio, desenvolvimento e mais verdade desportiva».
Nas suas missivas, Manuel Forte comparou também a população residente e constatou que Almeida, com 7.213 habitantes, não tem campo relvado, ao contrário de Aguiar da Beira (6.225), Fornos de Algodres (5.317), Celorico da Beira (8.643) e Figueira de Castelo Rodrigo (6.638), alguns dos mais pequenos do distrito. Contudo, este processo já está a ser tratado na autarquia há algum tempo. José Alberto Morgado, vice-presidente da Câmara de Almeida, adianta que a construção de um campo de futebol com piso sintético no actual campo do Estrela de Almeida «já está em fase de concurso público», faltando apenas a aprovação da candidatura, que foi enviada «no devido tempo», para que seja feita a adjudicação dos trabalhos. O custo da intervenção é de cerca de 400 mil euros e a autarquia acredita que as obras possam começar «em breve, ainda este ano», sublinha.
Ricardo Cordeiro