Duzentas e quarenta fotografias tiradas por 61 habitantes de 10 Aldeias do Xisto encontram-se desde o último sábado em exposição na Casa Grande da Barroca, no Fundão. A “FotoXisto” estará patente naquele local, que é o Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto, até 13 de Janeiro, sendo que de 20 de Janeiro a 6 de Maio, a mostra tornar-se-á itinerante pelas restantes aldeias envolvidas no projecto.
A exposição pretende documentar a vida quotidiana das aldeias, numa iniciativa do projecto de animação da rede de Aldeias do Xisto, liderado pela Associação de Desenvolvimento Pinus Verde, com sede no Fundão. Ao desafio, responderam participantes com idades entre os 15 e os mais de 70 anos, que tinham a particularidade de residirem nas aldeias de xisto. Ao longo de quatro meses, um conjunto de oito máquinas fotográficas digitais percorreu as 10 aldeias, ficando durante duas semanas em cada aldeia com oito dos seus habitantes. «No final, a maioria dos participantes preencheu a máquina», disse à Lusa o fotógrafo João Margalha, coordenador do projecto, explicando que cada uma tinha capacidade para 25 a 30 fotos. No total, foram recolhidas 1.400 imagens, das quais 240 foram escolhidas para a exposição que conta com fotografias de pessoas, animais, objectos e locais, além de actividades características das zonas onde vivem. As 10 aldeias abrangidas pelo projecto são Fajão, Janeiro de Cima, Martim Branco, Foz do Cobrão, Gondramaz, Benfeita, Aigra Velha e Aigra Nova, Comareira, Cerdeira e Talasnal. A organização da FotoXisto está a cargo da empresa Curso de Água e insere-se no programa da Rede das Aldeias do Xisto, um projecto de animação e promoção liderado pela Pinus Verde. As Aldeias do Xisto são 23, distribuídas por 13 concelhos que têm sido alvo de programas de requalificação cultural e do património construído, com dinamização de artes e ofícios tradicionais e promoção da paisagem em que se enquadram.
