Na edição de 20 de Maio de “O Interior”, a organização da 17ª edição do Torneio Primavera questiona algumas das opiniões e factos que relatei num artigo de opinião do dia 6 de Maio. Para o esclarecimento total da organização do torneio devem ficar bem claros diversos aspectos. Primeiro, o facto de esta ser já a 17ª edição do torneio não equivale a competência. Seguramente que dá experiência, mas não competência. Segundo, e passando directamente aos factos, a organização não teve a responsabilidade de avisar não só uma como várias equipas, da alteração dos jogos uma vez que houve equipas (que não a minha) que fizeram inclusive o aquecimento para o jogo. No que se refere à última partida dessa tarde não havia ninguém da organização que informasse sobre o que se estava a passar. Terceiro, a organização decidiu durante essa semana, por sua iniciativa, marcar os jogos em atraso para a sexta-feira seguinte não dando novamente conhecimento deste facto às equipas. Curiosamente os contactos das equipas, que não tinham sido pedidos, apareceram quando mostrei a minha indignação no artigo de 6 de Maio.
Quarto, a organização refere que alertou as rádios locais e que a informação passou no jornal das 12h30. Será esta a forma de informar as equipas que não se vão realizar os jogos? Algum público talvez, mas seguramente que as equipas não. Não estão, nem nunca estiveram em causa os motivos que levaram ao adiamento dos jogos, mas sim a forma como os restantes elementos da organização desrespeitaram as equipas. Quinto, tem razão a organização ao referir que não tenho acompanhado a evolução do torneio. Apesar de o acompanhar de perto nos últimos anos, a verdade é que a única evolução que vejo é o valor da inscrição e do desrespeito. Se a organização pensa que esta é a opinião de uma só pessoa é porque não deve estar atenta. Permitam que lhes faça uma sugestão. Efectuem um inquérito de satisfação aos vossos clientes e ao público. Dependendo das perguntas que façam, talvez as respostas vos surpreendam. Aceitem a crítica sem nervosismos e histerismo que só assim a 18ª edição será melhor que as anteriores.
João Lopes, eng.º civil, Guarda
