A Câmara de Aguiar da Beira quer ser ressarcida pelo investimento de 357.568 euros, realizado – «sem apoio estatal», alega – na requalificação da helipista e instalações para a tripulação e respetiva equipa médica, aquando do acolhimento do helicóptero do INEM. A base vai ser desativada no domingo.
Perante este facto, o executivo diz esperar por uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, recordando que o governante assumiu ao presidente da Câmara que «o município seria indemnizado pelo investimento feito e que o centro de saúde de Aguiar da Beira voltaria a ter o Serviço de Atendimento Permanente (SAP)», que fechou como contrapartida pela instalação da base do INEM. Apesar desta garantia, nada aconteceu até agora, tendo o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS) confirmado apenas a saída do helicóptero no final deste mês e declarado que «não tinha recebido qualquer comunicação da tutela» relativamente ao «pagamento do investimento em causa ou à reabertura do SAP», lê-se na moção.
No documento, aprovado por unanimidade, o município considera que «este investimento será um desperdício e para mais nada serve caso a base do INEM seja retirada do concelho», sublinhando que esta decisão «penaliza» o interior «mais uma vez». O helicóptero será deslocado para Loures e o serviço de emergência médica assegurado pelo Kamov sediado em Santa Comba Dão. «Apesar de todos os esforços do município, a população da região está à beira de ficar mais esquecida e desprotegida que nunca», avisa a moção.
Comentários dos nossos leitores | ||||
---|---|---|---|---|
|
||||
|
||||